A “Mudança” que o PS liderado por Anabela Freitas prometeu está bem patente em Tomar. O festival “Estátuas Vivas” acabou. Atraía milhares de pessoas a Tomar, mas tenho a certeza que é mais fácil por fim à iniciativa do que trabalhar para a tornar exequível. Mais recentemente, existem outros exemplos do que é destruir iniciativas de cidadãos como o “Mercado da Estrelinha” e o “Tomar Alternativo”. De novo, é mais fácil acabar com a iniciativa do que trabalhar para a melhorar e resolver eventuais problemas. Este executivo lançou o “Tomar Via Verde” para o investimento, mas ainda estamos todos à espera desses investimentos. Apontaram o investimento da Lusiaves como parte dessa iniciativa mas, caro leitor, esse investimento foi viabilizado pelo executivo anterior. Logo de início, assistimos a uma mudança interessante e clara: o companheiro da senhora presidente foi escolhido para chefe de gabinete e, posteriormente, foram dados muitos mais poderes ao seu gabinete do que até aos vereadores – algo que foi notícia nacional, uma vergonha para a cidade. Mas ainda se assistem a outros episódios caricatos, que só demonstram a polivalência que existe dentro do partido socialista, existem dois secretários da vereação que ainda conseguem ser deputados municipais – fiscalizando o seu próprio trabalho e dos seus superiores – um sendo líder de bancada e outro, o mais polivalente de todos, que ainda é presidente de uma junta – uma junta com muitos problemas por resolver. É caso para dizer: viva a polivalência socialista! Tomar, “Cidade Jardim”, tem esta nomenclatura cada vez mais evidenciada com a eleição destes novos executivos (Câmara e Junta Urbana): as ervas e o lixo estão cada vez mais presentes em Tomar com a Junta a responsabilizar a Câmara e a Câmara a responsabilizar a Junta pela limpeza, e até os senhores se entenderem Tomar fica suja. Tomar, uma cidade com grande potencial turístico continua a não o aproveitar, nomeadamente o turismo fluvial. Com o campeonato do mundo de wakeboard, em que grande parte dos concelhos da albufeira do Castelo de Bode participam, Tomar, mais uma vez, fica de fora. As prioridades estão bem definidas: é preferível não ter um campeonato do mundo de um desporto fluvial no concelho, mas ter outras coisas como o novo logótipo ou promessas de pavilhões multiusos. Algo, no mínimo peculiar, é o facto do executivo camarário dar relevância ao Carnaval, dando tolerância de ponto, mas não apoiar as actividades carnavalescas. São dadas tolerâncias de ponto atrás de tolerâncias de ponto (24 e 26 de dezembro, e 2 de Janeiro) mas a cidade continua suja e o mercado por abrir. Será que a reabertura é a 25 de Abril de 2015? Ou de 2016? Ou de 2017? Veremos. E não será de estranhar os sucessivos abandonos de dirigentes do município ou fazem parte da mudança? Outra questão que também prometia mudança eram os “pagamentos a fornecedores e prestadores de serviço a tempo e horas”. Mas afinal, o prazo médio de pagamento de 135 dias, em outubro de 2013, atingiu os 490 dias em apenas 6 meses de governação socialista-comunista! A mudança está à vista, mas era esta a mudança prometida? Neste momento, os tomarenses podem assistir a uma guerra no mínimo absurda entre o vereador responsável pelo funcionamento do mercado (mas só pelo funcionamento, pois nada diz ter a ver com os obras no mercado) e os comerciantes do mercado, pois estes querem trabalhar no dia 1 de Maio e o sr. vereador não quer que os comerciantes trabalhem. Ao ponto a que chegámos, a câmara a querer proibir as pessoas de trabalhar. Mas, o Partido Socialista não desiste da “Mudança”, agora até quer controlar a Festa dos Tabuleiros. Até onde irá esta tomada de poder? Esta “Mudança”? Veremos, mas peço, senhora presidente, não destrua Tomar, cuide do nosso concelho que os tomarenses muito gostam e prezam.
Ricardo Carlos
Vice-Presidente da JSD Tomar