CULTURA

TOMAR – Intercâmbio entre coro Polifónico da Pedreira e o de Betanzos (Corunha) levou seu grupo coral a divulgar Tomar e  a cultura musical portuguesA

O Coro Polifónico da Sociedade Recreativa Musical da Pedreira, concelho de Tomar,  dirigido por Paulo Rodrigues Serafim e que foi  criado em 1993, fechou o ciclo de intercâmbio entre este Grupo e o Coro Polifónico de Betanzos (Corunha) deslocando-se à Galiza para uma brilhante e cultural actuação. Segundo a responsável pelo Grupo anfitrião, “em Agosto de 2024 o Coro Polifónico de Betanzos, foi acolhido no magnifico e impressionante claustro de Convento de Cristo, em Tomar, e depois na sua sede na Pedreira. Quero destacar a importância que tem esta associação musical e recreativa da Pedreira. Foi e continua a ser uma formação artística, recreativa e social, com o seu Lar, para os seus associados e toda a população. O seu coro é formado por 30 pessoas e tem participado em diferentes encontros em Portugal, França Espanha e nas ilhas”. A atuação na Igreja de Santa Maria do Azougue em Betanzos, encheu a nave de uma igreja de estilo barroco e com uma excelente acústica.  Nesta magnífica actuação, a cultura e história de Tomar, esteve bem patente,  como se pode ver na entrada do grupo com as capas templárias, e que foi dignamente representada. Uma viagem pela língua e cultura portuguesa, foi o tema que Paulo Serafim escolheu. Viajou-se pelas músicas em latim, da Idade Média, deu-se um salto ao Brasil ( onde a língua e cultura portuguesa foi levada” e  pelas tradições portuguesas etnograficamente representadas, em que as canções mais populares portuguesas, sem esquecer o Cante Alentejano – Património da UNESCO, foi bem coreografado e cantado. As músicas e orquestrações do tomarense Fernando Lopes Graça e como não podia deixar de ser encerrou-se como ” Acordai” de  Lopes Graça uma obra das Canções Heroicas de Fernando Lopes-Graça, sobre poemas de José Gomes Ferreira, que se tornou um símbolo de mobilização e luta contra o fascismo. A canção que os Galegos bem conhecem,  é utilizada como um cântico de protesto em diversas manifestações e eventos, tanto no passado quanto nos dias atuais. E nos tempos que correm cada vez faz mais sentido, este “grito”.

 De parabéns os coralistas, o maestro Paulo Serafim e a direção desta Associação. O grupo viajou num dos modernos autocarros da Venânciotur, Viagens e Turismo, Lda e para custear a deslocação e estadia e refeições este grupo Coral não se poupou a esforços e com almoços, e outras iniciativas e participação com venda na última  edição da Festa Templária conseguiu com o seu próprio esforço,  angariar a receita, atendendo que esta importante Associação com grande acção no campo cultural e social não recebe apoios oficiais ou da Câmara de Tomar que suportem estes custos, apesar de na deslocação ser o nome de TOMAR e a projeção da cidade e da “Marca Templária” que foi divulgada junto dos galegos, um dos países – a Espanha, que mais fluxo de turistas trás a Portugal. António Freitas

Uma caixa

A Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira – SRMP, uma Instituição que se orgulha do seu passado e historial e muito tem contribuído para o desenvolvimento individual e coletivo da Comunidade.

3 de Fevereiro 1940 

Em fevereiro de 1940 Surge a Comissão de Iniciativa da Sociedade Recreativa e Musical da Pedreira com o nobre Propósito de criar uma coletividade cujo objetivo central é superiormente transcrito na acta nº 1 que diz:

(…” …trata-se de uma obra de grande alcance social, proporcionando aos menos bafejados da sote mais um bocadinho de luz e conforto…”…)

1940

Sendo uma Coletividade de aldeia, onde os acessos à cultura eram diminutos, esta Sociedade tem sido desde a sua formação o principal polo de formação artística, desportiva e recreativa dos seus associados em particular, e de toda a população em geral.

Inicialmente foi formada uma Tuna, com instrumentos de corda, que aos poucos se foi tornando numa Banda, que ainda se mantém com enorme prestígio. É sustentada por uma Escola de Música, frequentada por quase todas as crianças da Pedreira e terras vizinhas, formando músicos de grande qualidade, como são os que ao longo de todos estes anos têm representado a Banda nas suas diversificadas actuações, como sejam Procissões, Concertos, Festas Inaugurações, Festivais, Encontro de Bandas, etc., destacando-se as actuações em Castelo de Vide, Marvão, Lisboa, Abrantes e em Vigo – Espanha, e ainda os excelentes concertos realizados em Tomar comemorando o Bicentenário do RI 15 a as Jornadas Europeias do Património, bem como em todas as edições da Festa dos Tabuleiros.

1944

Em 1944 Abandona as Cordas  e entrar no mundo da Música Filarmónica evoluindo rapidamente para uma Banda Filarmónica. Nos anos 50 e 60 é a fase de expansão da nossa Banda Filarmónica.

Anos 90 

Factos marcantes como a grande qualidade da sua Banda Filarmónica dos anos 90 e da Escola de Música e da Banda Filarmónica Atual. Foi a criação do seu Coro Polifónico, há 32 anos, que tem sabido ocupar o seu espaço na música coral e que tem feito um percurso que muito dignifica desta Instituição e Tomar. Foi a incursão, por mais de uma década, nos Campos Distritais e do Inatel no futebol de 11. Foi a ampliação da sua Sede, a construção do polidesportivo e melhoramentos significativos no seu recinto para festas. Foi a aposta oportuna em atividades e eventos na área do Desporto Natureza, promovendo a prática do desporto ao ar livre desta região do Vale do Nabão. Foi o retomar da realização das suasFestas Anuais e a organização de múltiplos eventos inovadores nas áreas recreativas e cultural.

​2009

Em 2009, mais um facto marcante, desta como IPSS- Instituição Particular de Solidariedade Social e a vontade férrea de intervir de forma estruturada na Área Social surgindo como corolário dessa vontade o Lar.

Instituição Particular de Solidariedade Social

2014

Consolidação da estrutura na área social com a inauguração do Lar Raízes do Nabão.