TOMAR – S. Pedro saiu à rua com a bênção do Bispo José Traquina e do Padre Tiago Alberto

A festa de Alviobeira (concelho de Tomar) que, em tempos, foi considerada umas das maiores da região e que tem a data do 15 de Agosto como cativa, há uns anos esmoreceu. Sem voluntários para a organizarem, o Conselho Pastoral marcava a data com um só dia de festa, quase sem música, um almoço e uma procissão sem banda. Com a chegada do Padre Tiago Alberto há perto de um ano e conhecendo a festa desde jovem, dado as suas raízes do Alqueidão e Olalhas, rapidamente se apercebeu que teria que unir as instituições numa aldeia tão pequena e um pouco despovoada, mas que tem uma pujança cultural fortíssima graças ao rancho, reunindo, ainda, o Conselho Pastoral, ou seja, a Igreja, o Rancho e o Centro Recreativo e voltar com a festa aos moldes antigos, numa parceria a três, com divisão de tarefas bem defendidas e os hipotéticos lucro da festa, também pelas três entidades ou associações que bem precisam. A união faz a força, o poder de agregação do jovem padre foi fulcral e o seu exemplo de trabalho, em que “despe” a  batina e trabalha nas festas das suas três paróquias, colocou o povo voluntário ao lado da festa, uniu as “tropas” como um grande líder e houve festa em Alviobeira. Uma grande festa. Não em termos de programa musical, que grandes bandas ou conjuntos não são rentáveis, mas com a qualidade desejada: houve bailaricos, tradição, inovação, restaurante sempre cheio com mais de 1500 refeições servidas e muito frango assado, durante quatro dias ( 14-15-16-17 Agosto), atuação do rancho e uma procissão digna, etnográfica, muito participada e julgo que (pela primeira vez) missa celebrada pelo Bispo da Diocese e ida a presidir à procissão que teve a banda de Paialvo, no peditório como era a tradição e acompanhamento. Quem entrava na aldeia viu o brio dos moradores, a decorar as suas casas, as colchas nas janelas, a presença de filhos da terra, emigrados, a viver noutras cidades, a o convívio tão forte entre amigos e conhecidos e gentes de Calvinos, Casais, Olas, e tantos lugares e até da cidade de Tomar. Valeu o esforço dos que montaram a festa, pois ainda é demasiado trabalhosa, com muita montagem de barracas, e em que debaixo de sol abrasador, poucos mas muito bons deram o corpo ao manifesto e sempre com a presença e trabalho do Padre Tiago, que num mês de muito trabalho pastoral, uma ida a Roma de autocarro com os jovens no Jubileu, as missas de domingo e a festa da Portela da Vila em Além da Ribeira, esteve sempre presente e a trabalhar- um exemplo, para muitos que nas esplanadas do café, não se voluntariam, pois a as festas sem trabalho voluntário não se fazem. Parabéns a todos, ao excelente serviço de cozinha e de servir à mesa, com elementos do rancho sempre a “correr” e um sorriso nos lábios, ao Carlos Mendes que dá um toque especial ao frango assado da “Avibom” e aos que contribuíram com donativos monetários e aos muitos patrocinadores da Festa de Alviobeira. Afinal o slogan fez sentido ” Alviobeira Comvida”. António Freitas