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MÉDIO TEJO – Equipa de Colheita de Órgãos e Tecidos da ULS recolheu mais de 200 órgãos para transplantação em 16 anos de atividade

Os indicadores foram avançados pela Unidade Local de Saúde do Médio Tejo por ocasião do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação: a Equipa de Colheita de Órgãos e Tecidos do Serviço de Medicina Intensiva, com 16 anos de funcionamento, recolheu mais de 200 órgãos para transplantação, provenientes de cerca de 100 dadores, em linha ou mesmo superando a média nacional. “O processo inicia-se com a identificação de um potencial doador [doente em estado de morte cerebral, certificada por provas clínicas efetuadas por dois especialistas], seguida da avaliação da sua elegibilidade”, indica Lucília Pessoa, médica intensivista e coordenadora da multidisciplinar. Procede-se então à comunicação com a família, já que, embora o consentimento presumido exista, a equipa médica procura sempre obter a concordância dos parentes. «De seguida, efetua-se a colheita dos órgãos de forma cuidadosa e criteriosa, garantindo a preservação e viabilidade para o transplante. Os órgãos colhidos na ULS do Médio Tejo são depois transportados por equipas médicas próprias para o Hospital de Santa Maria, por via terrestre, onde são seguidamente transplantados. O contacto com a família, tal como todo o processo de transplantação, são feitos com todo o cuidado, sensibilidade e respeito, tanto pelo doador como pelos seus familiares. Numa área tão importante como esta, esta é a melhor forma de garantir o sucesso de um procedimento que vai ter impacto na vida e na saúde dos recetores dos órgãos», refere a mesma publicação. “A confidencialidade é rigorosamente mantida em relação à identidade do dador e do recetor. A legislação portuguesa regulamenta rigorosamente a doação e o transplante de órgãos, garantindo a ética e a segurança de todo o processo”, diz Lucília Pessoa.com a ULS do Médio Tejo a grandeza dos doadores da nossa região.