TOMAR – Feira do Livro consagra a primavera como tempo para o diálogo

O diálogo é cada vez mais necessário no mundo em que vivemos, e em Tomar essa é uma prioridade, de tal modo que os meses de maio e junho estão a ser marcados por um vasto conjunto de iniciativas em que a palavra está no centro das atenções, nomeadamente nos livros e no teatro. Foi assim com o Bibliotecando em Tomar, que aconteceu no final da semana passada; está a ser com a Mostra de Teatro de Cem Soldos, que se prolonga até 1 de junho; vai ser com a peça “50+1 em Liberdade?”, da Companhia de Teatro Templários, em exibição dias 29, 30 e 31 de maio; e depois com o “Thomaridade”, do Fatias de Cá, entre 7 e 10 de junho. A Feira do Livro de Tomar, iniciativa realizada em parceria entre o Município e a Livraria Nova e que decorre de 30 de maio a 8 de junho, é outro dos pontos centrais desta vontade coletiva, ocupando, como habitualmente, a sala multiusos do Complexo Cultural da Levada, a que se junta o respetivo deck exterior, com uma belíssima vista sobre o rio, onde irá acontecer um vasto conjunto de apresentações de livros e de autores. Dentre aqueles que virão conversar com os seus leitores tomarenses, destaque para figuras como Isabela Figueiredo, Madalena Sá Fernandes, Pedro Chagas Freitas ou Rui Miguel Pinto (autor de “O segredo de Tomar”), mas também para dois nomes grandes do desporto português, cujos feitos conduziram a livros: Patrícia Sampaio e Jorge Braz.
Na abertura, dia 30 de maio, sexta-feira, pelas 18 horas, será feita uma singela homenagem a duas pessoas que foram presença habitual em muitas das 14 edições anteriores da Feira e que, infelizmente, nos deixaram nos últimos meses: Ermelinda Henriques e Carlos Matos Gomes (que enquanto escritor utilizava o pseudónimo Carlos Vale Ferraz). Como sempre, o objetivo maior da programação é criar atratividade para todos os públicos, promovendo assim a leitura, pelo que haverá momentos tão diversos como literatura infantil, escuta de rádio ao vivo, aula de robótica ou a abertura de uma exposição sobre os surrealistas portugueses com poesia acoplada.
E porque os tempos o exigem, haverá também este ano uma atividade especial, intitulada “Livros contra a ignorância e a indiferença”, com um livro em destaque em cada dia, para nos ajudar a pensar e a perceber o mundo em que vivemos. A Feira abre todos os dias às 14 horas, encerrando às 22 horas nas vésperas de dias úteis e às 23 horas nas vésperas de dias do fim-de-semana. As únicas exceções são o primeiro dia, em que abre às 18 horas, e o último, em que encerra às 20.
Programa:
30 de maio: 18h00 – abertura com homenagem a Ermelinda Henriques e Carlos Vale Ferraz; 21h00 – Vanessa Fidalgo
31 de maio: 16h00 – José Sousa Dias; 19h00 – Pedro Saraiva; 21h00 – Patrícia Sampaio
1 de junho: 15h00 – Isabela Figueiredo; 18h00 – Rádio Casimira, Almanaque Sonoro nº 3; 19h00 – Jorge Braz; 21h00 – Luís Ferreira
2 de junho: 21h00 – José Ferreira
3 de junho: 21h00 – César Afonso
5 de junho: 21h00 – Madalena Sá Fernandes
6 de junho: 15h00 – aula de robótica com José Lagarto (Codeplay)
7 de junho: 15h30 – abertura da galeria de arte NAC.2 e momento de poesia surrealista; 21.00 – Pedro Chagas Freitas
8 de junho: 16h00 – Rui Miguel Pinto