
Houve registo para o pedido de realização de 24380 queimas de sobrantes no concelho de Tomar durante o ano de 2024. Este número foi confirmado por ocasião da recente reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, onde esteve em causa a preparação para a próxima época crítica. A esse propósito, com recurso às redes sociais, Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, não deixou de recordar que «a maioria dos incêndios podia ser evitada uma vez que são causados por comportamentos negligentes, maioritariamente no uso de fogo, de máquinas, e também de beatas mal apagadas». Recorde-se que o Governo alargou o prazo de obrigatoriedade de limpeza de terrenos até final do mês de Maio tendo por base as condições meteorológicas, com precipitação persistente e elevados níveis de humidade no solo. Os infratores podem incorrer numa coima que pode chegar aos cinco mil euros, isto para pessoas singulares, e de 25 mil, para empresas. Essa gestão do combustível deve ser efetuada à volta de casas, estabelecimentos e aldeias, como forma de prevenir e mitigar os efeitos dos incêndios rurais. Está em causa a limpeza numa faixa mínima de 10 metros (territórios agrícolas) ou de 50 (territórios florestais) à volta das edificações. Esta gestão também deve ser efetuada pelas entidades responsáveis pelas redes rodoviária, ferroviária, elétrica, entre outras, bem como as entidades gestoras de áreas industriais, parques de campismo, centros logísticos e outras infraestruturas.