Afinal, Torres Novas irá ter medicina interna porque três médicos torrejanos se disponibilizaram a colaborar «de forma quase voluntária», enquanto no Hospital de Tomar tudo fica na mesma… porque os médicos nabantinos «recusaram assegurar o serviço». Esta justificação foi transmitida, na recente reunião de Câmara, pelo vereador Bruno Graça, que citou o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. O eleito da CDU, recorde-se, reuniu-se com aqueles responsáveis máximos durante a última semana e pediu explicações em relação ao regresso da medicina interna à cidade do Almonda… e teve este argumento como resposta: «A primeira intervenção que fiz foi no sentido de solicitar ao presidente e ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo que explicasse os critérios para a sua tomada de posição, em particular a abertura da medicina interna no Hospital de Torres Novas. Eles, uma vez mais, enumeraram a missão que têm definida para a sua actuação acusando, de alguma forma, a gestão de Joaquim Esperancinha (ndr: ex-presidente do CHMT) pela sua opção de concentração de serviços, situação que levou à saída de muitos recursos humanos. Pelo que, nesta altura, o “desconcentrar” seria muito mais difícil pois os recursos já não existem. Disseram que Tomar tem 132 camas enquanto Torres Novas tem 40. Reconheceram, também, que duas horas diárias de medicina interna são insuficientes para apoiar essas 132 camas mas referem que não há capacidade humana para fazer mais. E disseram que há médicos de Tomar que recusaram assegurar o serviço e que abriu em Torres Novas porque três médicos, de Torres Novas, garantem a medicina interna quase de forma voluntária».