O Nabão tem estado, durante as últimas horas, debaixo de um ‘manto’ acastanhado de espuma indicativa de matéria poluente. Não só a espuma propriamente dita mas também o odor que é percetível em algumas zonas da cidade, desde logo nas imediações da Ponte Velha. São anos e anos de sucessivas descargas poluentes, desde logo com origem orgânica, ou seja, devido à falta de separativos nas Estações de Tratamento de Seiça e Alto do Nabão as águas pluviais misturam-se com os esgotos domésticos, contaminando solos e linhas de água. Isto, claro, para além das descargas ilegais que algumas empresas efetuam a coberto do aumento dos caudais. Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, aponta para este conjunto de razões como a base para as imagens desoladoras com que se olha para o Nabão nos dias de hoje, recordando que, ainda assim, o rio já conheceu situações bem piores:
Questionado sobre se há, efetivamente, vontade política para resolver a situação, Hugo Cristóvão não hesitou em afirmar que uma solução passará «por muito do que for feito pela Tejo Ambiente e pela Câmara de Ourém»: