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MÉDIO TEJO – ULS realizou a sétima Sessão de “Discussão de Temas e Casos Clínicos” com a temática: “Diagnóstico Laboratorial de Tuberculose”

A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) realizou recentemente mais uma Sessão de “Discussão de Temas e Casos Clínicos”, com a temática “Diagnóstico Laboratorial de Tuberculose”. Estas sessões refletem o compromisso da ULS Médio Tejo em fortalecer a formação contínua e a colaboração entre os profissionais, assegurando assim uma prestação de cuidados de saúde de maior qualidade para a nossa população. Esta sétima sessão foi conduzida pelos médicos Jóni Mota e Ana Helena Correia do Serviço de Patologia Clínica da ULS Médio Tejo. O diagnóstico laboratorial desempenha um papel crucial no combate à tuberculose, uma das doenças infeciosas mais mortais do mundo, responsável por aproximadamente 1,25 milhões de mortes em 2023. Os objetivos da Organização Mundial de Saúde (OMS) visam a redução de 95% do número de mortes por Tuberculose e de 90% da sua taxa de incidência, até ao ano de 2035. Para atingir esta meta, é essencial apostar no diagnóstico precoce, de forma a interromper a cadeia de transmissão, prevenir a progressão da doença e iniciar um tratamento eficaz. Rastrear e diagnosticar infeção latente é particularmente importante em populações de risco, como profissionais de saúde, migrantes com origem em países com alta incidência de tuberculose e candidatos a terapias imunossupressoras. Identificar a infeção latente nesses grupos permite o tratamento atempado, evitando a reativação da doença e promovendo uma abordagem pró-ativa de saúde pública. Nesse contexto, os métodos laboratoriais são ferramentas indispensáveis, dos quais se destaca o Interferon Gamma Release Assay (IGRA), disponível no Serviço de Patologia Clínica. Já na tuberculose ativa, o diagnóstico laboratorial é ainda mais determinante. Para além da baciloscopia e do exame cultural, a introdução de técnicas de amplificação de ácidos nucleicos veio aumentar a sensibilidade e a rapidez diagnóstica, permitindo ainda a deteção de genes de resistência aos antibacilares. Tendo em conta o crescimento lento destas bactérias, com consequente demora na obtenção de resultados de sensibilidade aos antimicrobianos, os testes moleculares contribuem para a instituição antecipada (por vezes em semanas) de terapêutica eficaz. Assim, o laboratório não só confirma o diagnóstico como orienta decisões terapêuticas e políticas de saúde pública. Se não teve oportunidade de assistir à Sessão Clínica a mesma encontra-se disponível aqui: