A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo avançou para a implementação de um projeto-piloto de teleconsulta nos cuidados de saúde primários de São Pedro, concelho de Tomar. Os utentes desta unidade passaram a ter acesso, desde o início de dezembro, a atendimento clínico dentro das instalações da unidade de saúde, mas através de uma consulta remota conduzida por um especialista em Medicina Geral e Familiar. As consultas realizadas a partir de uma plataforma de telemedicina de última geração, em três dias da semana, «permitem o acesso a cuidados de saúde personalizados, prestados por uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde», assegura a ULS. «Esta resposta inovadora é direcionada principalmente aos utentes que não têm médico de família atribuído e a doentes com doença crónica. O projeto-piloto da ULS Médio Tejo vai permitir, através de soluções tecnológicas, uma maior proximidade e acompanhamento dos cuidados e vigilância da saúde, otimizando recursos existentes e garantindo uma resposta mais célere às necessidades dos utentes», reforça o mesmo comunicado. «Este é um projeto ambicioso com impacto positivo na vida dos utentes do Médio Tejo, que envolve, na prestação de cuidados de saúde, uma equipa multidisciplinar. O utente com consulta clínica remota agendada é primeiramente avaliado numa consulta de enfermagem, onde são realizados as primeiras medições e registos. Após este passo, é encaminhado para um gabinete médico equipado com tecnologia de telemedicina, onde à sua espera, através de videoconferência, está a aguardá-lo um especialista em Medicina Geral e Familiar», adianta a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo. «Este modelo inovador permite que o médico realize a consulta de forma remota, como se estivesse presencialmente dentro do seu gabinete no centro de saúde. Com esta solução são otimizados os recursos humanos disponíveis e facilitado o acesso a cuidados de saúde, especialmente para utentes nas zonas mais remotas».
«Através da tecnologia, o médico em acesso remoto pode realizar todos os atos que não envolvam a auscultação direta e exames físicos. No entanto, se necessário, o profissional de enfermagem afeto às consultas de telemedicina poderá realizá-las, garantindo em tempo real e de forma interativa todos os elementos necessários de uma consulta presencial», esclarece a ULS. Flávio Ribeiro, Diretor Clínico para os Cuidados Primários da ULS Médio Tejo, destaca a importância deste projeto: “Esta iniciativa representa um marco na forma como prestamos cuidados de saúde na nossa região. A desmaterialização de especialistas permite-nos levar os cuidados de saúde mais perto das pessoas, especialmente nas zonas mais remotas. É uma solução inovadora que se adapta às necessidades da nossa população e que abre portas para o futuro da medicina e da telemedicina: em apenas alguns cliques, o acesso à saúde é facilitado, encurtando as distâncias, mas nunca a qualidade dos cuidados prestados”. O responsável está confiante no sucesso do projeto-piloto e garante: “A ULS Médio Tejo vai continuar a investir em soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos seus utentes em todas as suas vertentes assistenciais. Até ao final do ano, vamos avaliar os resultados e níveis de satisfação dos utentes, para que possamos levar esta alternativa a mais utentes e concelhos da região do Médio Tejo”.