As “ilhas” formadas pelo nó do IC8, no cimo da vila da Sertã, foram alvo de uma plantação de espécies autóctones, no âmbito de uma iniciativa da Infraestruturas de Portugal (IP). Decorrida no dia 11 de novembro com o apoio do Município da Sertã, a iniciativa contou com a participação de alunos de duas turmas (1.º e 4.º anos) da Escola Básica da Sertã, que plantaram sobreiros e carvalhos, numa zona em que se regista a predominância de acácias. De acordo com Miguel Cordeiro, da IP, foi escolhido aquele local pela importância da via que ali passa e por se tratar de uma porta de entrada da vila. “O objetivo passa por substituir as acácias (espécie invasora) por espécies autóctones, para mitigar o avanço das invasoras, minimizando o efeito da sua presença”, referiu aquele responsável, fazendo também uma contextualização da importância histórica e económica das novas espécies plantadas, sobreiros (cortiça) e carvalhos (madeira). Foram plantados cerca de 800 exemplares numa área de aproximadamente 9 mil m2. Cristina Nunes, vereadora da Floresta e Proteção Civil da Câmara Municipal da Sertã, abordou o problema das espécies invasoras referindo que “quando chegam a outros territórios, dominam e não permitem que mais nada cresça”. Neste âmbito, a autarca sublinhou a importância daquela atividade em que as acácias são substituídas por espécies autóctones, nomeadamente carvalhos e sobreiros. Para além destas espécies, Cristina Nunes lembrou a existência de outras espécies autóctones como o castanheiro, o medronheiro e o pinheiro. Seguiu-se uma breve contextualização histórica do carvalho, recordando que a madeira desta espécie foi usada na construção das caravelas na época dos descobrimentos, o que “provocou o seu desaparecimento das florestas da região e constitui mais um motivo para se apostar na (re)plantação desta espécie”. Entre as várias vantagens decorrentes da plantação de espécies autóctones, foi destacado o seu importante papel de contenção em caso de incêndios. Após as explicações iniciais, seguiu-se a plantação das árvores pelas crianças com o auxílio dos técnicos no terreno.