O Bloco de Esquerda quer que o Governo inclua no Orçamento de Estado para 2025 a conclusão do IC3 e nova travessia do Tejo, entre Chamusca e Golegã. Em comunicado enviado para a Hertz, o BE justifica esta intenção porque «a interrupção do IC3 nas regiões da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo tem adiado o potencial desta via como estruturante do desenvolvimento económico na ligação entre os distritos de Coimbra, Santarém e Setúbal. A descontinuidade desta via rodoviária tem fortes implicações negativas na captação de investimentos, no desenvolvimento empresarial, na criação de postos de trabalho e na fixação de população na região, em particular nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Golegã, Barquinha e Constância. O caráter estruturante da conclusão do IC3 é notório nas referências que constam de diversos documentos oficiais, dos quais se destacam o Plano Rodoviário Nacional (PRRN/2020), o Plano Nacional de Investimentos (PNI/2030), o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI30) e o Plano Regional de Ordenamento do Território/oeste e Vale do Tejo (PROT-OVT)», reforça o mesmo texto. «Para além disso, é um compromisso do Governo de Portugal com duas décadas, até agora não cumprido, de contrapartida pela construção do Eco-Parque do Relvão na Chamusca. Os sucessivos adiamentos da conclusão do IC3 resultam também no congestionamento das estradas nacionais e na atrofia do trânsito na Ponte da Chamusca. A ponte João Joaquim Isidro dos Reis, troço da Estrada Nacional 243, é a estrutura de ferro de 756 metros que desde 1909 faz a ligação, sobre o rio Tejo, entre a Chamusca e a Golegã. A falta de alternativa rodoviária tem criado graves problemas de trânsito e de segurança, nomeadamente pela impossibilidade de cruzamento de dois pesados na ponte. Ao longo dos anos, quer ao nível das autarquias locais, quer ao nível do parlamento tem havido várias tomadas de posição para que este problema se resolva», acrescentam os bloquistas.