‘Os Quatro Unidos’, da Madalena e Beselga, concelho de Tomar, comemoraram, com cerca de 300 pessoas, os seus 36 anos de atividade. Ao evento juntaram-se o presidente do Município de Tomar, Hugo Cristóvão, a presidente daquela União das Freguesias, Luísa Henriques, e representantes de diversas associações. Registo, na ocasião, para a intervenção do presidente da Assembleia Geral, Paulo Mendonça: “Este ano quero deixar-vos apenas um pequeno apontamento sobre o Movimento Associativo em Portugal, para reflexão de todos nós. Passaram 50 anos do livre associativismo no nosso país, facto que poucos se lembraram que nem sempre assim foi, ao longo deste meio século, assistimos a um novo e diversificado crescimento, nomeadamente no que se refere às coletividades de cultura, recreio e desporto. Estamos a falar de mais de 30.000 coletividades e associações, 425.000 dirigentes e mais de 3 milhões de associados que constituem o Movimento Associativo Popular no nosso país, um espaço de formação pessoal e cívica, de aprendizagem e exercício de valores morais, éticos e de dedicação á comunidade. É inegável o papel inestimável que o Movimento Associativo Popular tem tido na dinamização de atividades culturais, desportivas e de recreio, bem como na garantia do acesso à cultura e ao desporto – não raras vezes colmatando as falhas que onde o poder local e central, não pode, não quer, não sabe ou não consegue chegar, mas jamais deixaremos as nossas comunidades privadas desses bens e serviços. A inegável e significativa proximidade que o Movimento Associativo Popular tem às comunidades onde se insere, permite-lhes ter o conhecimento das necessidades, vivências e realidades das comunidades locais, conhecimento esse que não pode nem deve ser desperdiçado. O Movimento Associativo Popular permite a promoção e participação das populações na vida local, partilhando as suas preocupações e preservando a identidade das suas gentes, procurando sempre encontrar soluções para a sua resolução, contribuindo para o desenvolvimento local, de forma gratuita sem qualquer retorno, apenas tendo a satisfação de serem úteis á comunidade. Considerando a importância do Movimento Associativo Popular para a sociedade, para as populações e as comunidades locais e o seu acesso à cultura, desporto, recreio e lazer, considerando o enorme conjunto de dirigentes e associados que dão vida ao Movimento Associativo Popular, importa que a sua ação e intervenção sejam devidamente valorizadas, lembradas e nunca esquecidas”. Por sua vez, a presidente da direção, Sónia Ferreira, agradeceu a quem confecionou e serviu o almoço e a presença de todos. Um agradecimento extensivo aos fundadores e sócios já falecidos, “jamais os esqueceremos, também o nosso agradecimento merecido a todas as pessoas que de uma forma anónima e desinteressada ajudam a associação, há pessoas que se dedicaram a esta associação, uma vida inteira”. A dirigente explicou que «à medida que vamos cumprindo o nosso plano de atividades é bem visível, todos veem ajudar a associação, há dedicação e uma grande união de grupo. É por isso que não posso deixar de agradecer a todos, que trabalharam e que se uniram para manter viva a nossa associação. Os nossos jovens, também estiveram presentes especialmente nas nossas festas, são eles os próximos elos desta nossa corrente que começou há 36 anos e esperamos que dure e perdure no tempo. Particularmente nesta ocasião, a nossa associação precisa de manter a união, determinação, dar continuidade aos nossos projetos, ideias novas e a mesma boa vontade de sempre, só com a ajuda de todos é possível irmos mais longe». Sónia Ferreira e Hugo Cristóvão fizeram referência ao processo em curso de legalização de todo o espaço físico da coletividade. A dirigente apelou aos associados para que das próximas eleições saíssem novos dirigentes, “que vão herdar uma estrutura bem organizada e financeiramente estável”. Manuel Subtil