‘Chega’ e CDU acusaram Hugo Cristóvão e Rita Freitas de não respeitarem o direito à greve e de violarem a Constituição ao abrirem as portas do mercado municipal de Tomar, no recente 20 de Setembro, precisamente o dia marcado pelo protesto dos trabalhadores da Administração Local. Tal como a Hertz fez eco, foi a atitude do presidente e da vereadora – atitude considerada pelos vendedores como «exemplar» – que permitiu que o mercado funcionasse. No entanto, o Sindicato e, agora, algumas das forças políticas nabantinas não calam as críticas e consideram que se abriu um «grave precedente». Por exemplo, Américo Costa, do ‘Chega’, aponta mesmo para «questões legais e éticas», referindo que o Município deveria ter antecipado o mercado de sexta-feira para a quinta ou, então, adiado para sábado. Bruno Graça, eleito da CDU na Assembleia Municipal, falou em «profundo desrespeito pela luta dos trabalhadores», referindo que a decisão de abrir as portas «envergonha o poder local», não deixando de exigir «consequências». Na resposta, Hugo Cristóvão, presidente da Câmara, quis deixar claro que «nenhum direito foi atropelado», justificando a decisão de abrir as portas do mercado com a salvaguarda dos direitos dos vendedores que ali têm o seu ganha-pão. O autarca recuou ao passado para recordar que, ele próprio, já abriu as portas da biblioteca num 1.º de Maio, precisamente para que o PCP pudesse realizar uma iniciativa alusiva a essa data.