O Centro Recreativo da Torre, da freguesia de Casais e Alviobeira, concelho de Tomar, foi dos pioneiros a promover o evento “Encontro de Motas antigas” e que, recuando vinte anos, quando as motorizadas foram encostados e preteridas pelo automóvel, levou a que muitos se “virassem” para as suas “Casais” e Faméis” enferrujadas e as recuperassem. Hoje recuperar uma velha motorizadas está na moda, gasta-se algum dinheiro, mas é um prazer ver rolar o que foi o meio de transporte do povo em tempos idos e não muito longínquos. Hoje qualquer associação – e são muitas – organiza encontros, que são uma forma salutar de encontrar amigos conviver e tirar “ferrugem” aos motores a dois tempos. O “Encontro da Torre” está bem vivo e recomenda-se. O Grupo “Os Fugas” são uns apaixonados e colocam juntamente com a direcção do Centro todo o empenho na organização que cresce a olhos vistos e com belas máquinas e algumas raridades. Dos 137 amantes, inscritos e com algumas “donzelas” que adoram duas rodas – o grupo teve nas instalações do Centro um pequeno-almoço de excelência, e um almoço idem. Da Torre partiram rumo à Avanteira, no concelho de Ourém; depois visitaram a oficina especialista de recuperação de motos de Jorgino Barro, na Almogadel; rumaram a visitar o lagar de azeite do Freixial – a Explazeites – e ao Moto Clube de Ferreira, que os recebeu com pompa e circunstância, onde o melão com presunto estava divinal; regressaram pelas Aboboreiras à Torre, onde foi servido o almoço (porco no espeto). No prémio para a moto mais antiga coube ao irlandês de Belfast – Chris, engenheiro aeronáutico, residente em Ceras, onde recuperou duas habitações que, com uma Douglas importada e legalizada em Portugal de 1950 de 350 cm3, motor dois cilindros em V, arrefecida a ar, com mudanças à direita e dava nas vistas e era a “mais velhinha” do grupo, mas em tantas duas rodas havia exemplares de colecção que valem uns bons euros e muito ‘estimadinhas’. António Freitas