A Câmara de Tomar não irá entrar na espécie de ‘leilão’ que atualmente ocorre no Médio Tejo em torno dos médicos de família. Perante a ausência de soluções e face à grave falta de profissionais, alguns concelhos têm optado por criar um conjunto de incentivos para que esses clínicos se possam fixar nos respetivos territórios, uma forma de assegurar que essas populações mais afetadas possam usufruir do acesso aos cuidados de saúde primários, um direito consagrado na Constituição… que só tem sido cumprido, precisamente, devido a essa intervenção de alguns Municípios. Mas, mesmo assim, na região, há milhares de pessoas sem médico de família. O panorama «não é assim tão negativo em Tomar», assegurou Hugo Cristóvão, presidente da autarquia nabantina, em recente entrevista na Hertz, que apontou para cerca de três dezenas de lugares destinados a esses clínicos, sendo que, destes, há três por preencher. Porto da Lage, Curvaceiras e Santa Cita serão, nesta fase, as situações mais complicadas. Questionado sobre se a Câmara equaciona seguir o caminho dos incentivos para atrair mais profissionais, Hugo Cristóvão foi claro na sua posição, assegurando que essa opção «não é a mais correta».