A Câmara Municipal de Tomar, por intermédio da presidente Anabela Freitas, pediu uma audiência, com carácter de urgente, ao Secretário de Estado da Saúde. Tal como a Hertz avançou nesta segunda-feira, não caiu bem, entre o executivo nabantino, o regresso do serviço de medicina interna ao Hospital de Torres Novas… enquanto a Unidade tomarense fica, novamente, prejudicada. E, sublinhe-se, sem que tenha havido qualquer justificação do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo relativamente à falta de mudanças no Hospital Nossa Senhora da Graça. Num texto enviado para a redacção da Hertz, os serviços de comunicação da Câmara de Tomar criticam a tutela do anterior Governo de Pedro Passos Coelho que, reforça o escrito, «num último acto de desrespeito pela população do concelho de Tomar, deu luz verde para que esta administração do Centro Hospitalar pudesse, de novo, promover o encerramento total da medicina interna na unidade hospitalar de Tomar, estranhando o Município que possa ser pensada a reabertura completa do serviço na unidade de Torres Novas, que tem, por exemplo, o bloco operatório encerrado, sem abrir em simultâneo o mesmo serviço em Tomar», refere o comunicado em causa. Desta forma, a presidente da Câmara já solicitou «uma audiência urgente ao secretário de Estado da Saúde e à Administração da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, de forma a expor as razões das populações servidas pela unidade de Tomar, que se estendem ainda pelos concelhos de Ferreira do Zêzere e Ourém, que têm sido assim privadas de, com maior proximidade, acompanhar os seus familiares pelo encerramento da medicina interna», lamenta a autarquia nabantina no texto em causa. Recorde-se que na recente reunião de Câmara o vereador Bruno Graça, eleito pela CDU, já tinha classificado esta situação como «discriminação» para com o Hospital de Tomar.