Um total de 21 entidades, públicas e privadas, estabeleceram uma parceria estratégica destinada a estruturar e promover de forma conjunta o produto turístico “Aire e Candeeiros”. O protocolo de colaboração foi formalizado na noite de ontem, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e que decorreu nas icónicas Grutas de Santo António, em Alvados. Este novo produto turístico é complementar ao Plano de Cogestão do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e do Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém e Torres Novas, criado no início deste ano. São abrangidos territórios do Centro de Portugal e do Alentejo-Ribatejo, mais especificamente nos municípios de Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas. O projeto “Aire e Candeeiros” é liderado pela Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros (ADSAICA) e integra duas entidades regionais de turismo, duas agências de promoção turística, quatro comunidades intermunicipais, sete autarquias e quatro associações de desenvolvimento local da região.
Em concreto, subscreveram o documento as seguintes entidades: ADSAICA; Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF); as Entidades Regionais de Turismo do Centro de Portugal e do Alentejo e Ribatejo; as Agência Regionais de Promoção Turística do Centro de Portugal e do Alentejo; as Comunidades Intermunicipais do Médio Tejo, da Região de Leiria, da Lezíria do Tejo e do Oeste; a Associação de Desenvolvimento da Alta Extremadura (ADAE); a Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte (ADIRN); a Associação para a Promoção do Desenvolvimento Rural do Ribatejo (APRODER); a LEADER OESTE – Associação de Desenvolvimento Local; e os municípios de Alcanena, Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas. Além destes, foram ainda reconhecidos como parceiros estratégicos o Turismo de Portugal, a AHRESP, a CCDR-Centro, a CCDR Alentejo e a CCDR Lisboa e Vale do Tejo. Em representação do Centro de Portugal, o protocolo foi assinado por Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, e Jorge Loureiro, vice-presidente da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal.
Objetivo é valorizar recursos turísticos comuns – O produto turístico “Aire e Candeeiros” tem como missão valorizar os recursos do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) e do Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios de Ourém e Torres Novas (MNPD OTN). Entre os projetos propostos destacam-se a promoção de atividades económicas sustentáveis na área protegida, a criação e valorização de rotas e percursos pedestres, cicláveis e equestres, a interpretação e divulgação dos valores naturais e a promoção do turismo de natureza e desporto ao ar livre. Também está prevista a promoção de bens produzidos com recursos endógenos e a internacionalização do território. O objetivo último é afirmar a região como um destino de natureza, responsável e sustentável, com uma oferta estruturada e integrada e que esteja disponível no mercado global através de meios digitais de promoção e comercialização.
“Afirmar o território como um destino de turismo de natureza” – Na ocasião, Eduardo Amaral, presidente da ADSAICA e vereador do município de Porto de Mós, considerou que a assinatura do protocolo representa “um grande momento de boas vontades, em que os 21 parceiros se propõem a dar corpo a um território e desta forma engrandecer o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros”. Rui Anastácio, presidente da Comissão de Cogestão do PNSAC e do MNPD OTN, e presidente do município de Alcanena, destacou a importância do protocolo: “Cumprimos uma etapa muito importante, num caminho gratificante para todos nós. O mérito deste grupo, num trabalho profundo ao longo de vários meses, foi saber qual era o rumo que queríamos seguir. Temos ainda muito caminho a percorrer, mas estou certo de que vamos conseguir afirmar este território como um destino de turismo de natureza de excelência”. Pedro Machado, a encerrar a sessão, elogiou a colaboração entre as várias entidades envolvidas. “Este projeto demonstra que somados somos sempre mais. Conseguimos conciliar a diversidade do território, com o envolvimento do setor público e dos empresários, realçando a relevância e o posicionamento estratégico deste produto turístico”, sublinhou. “Valorizamos a diversidade e a riqueza do território e criamos condições para que aqueles que recebemos tenham uma boa experiência turística, para que as empresas encontrem novos investimentos neste setor e, finalmente, para que as comunidades que acolhem o turismo possam ter um grau elevado de felicidade. É este o desafio”, concluiu o Secretário de Estado.