Taxa de colocação cresceu 1% face ao ano anterior. Politécnicos assumem-se como um dos principais motores de dinamização das regiões
Foram ontem divulgados os resultados da 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), refletindo uma dinâmica positiva no ensino superior em Portugal. Apesar de uma ligeira diminuição no número de candidatos admitidos a concurso, registou-se um crescimento no número de colocados na primeira fase, sendo de sublinhar, também, a elevada taxa de colocação, na ordem dos 85,7%.
No contexto deste panorama positivo, cerca de 20 mil estudantes optaram por candidatar-se a cursos de Ensino Politécnico, contribuindo de forma significativa para o aumento geral das colocações no ensino superior. Com um crescimento no número de colocados a rondar 1%, comparativamente ao ano anterior, os cursos politécnicos continuam a atrair um número cada vez maior de candidatos.
“Mantém-se a tendência de crescimento e os sinais inequívocos de confiança no ensino superior politécnico, reconhecido pela qualidade da formação e pelo contributo destas instituições para o país, as regiões e as empresas. Os sinais de confiança saem reforçados pelo número de alunos que escolheram instituições do subsistema politécnico como primeira opção”, começa por salientar Maria José Fernandes, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
Um aspeto igualmente relevante que se pode retirar dos resultados é o crescimento do número de colocados em instituições localizadas em territórios de menor densidade populacional. Estes resultados evidenciam o papel que estas instituições desempenham na dinamização regional, ao assegurarem o acesso ao ensino superior aos residentes desses territórios e ao promoverem o desenvolvimento económico e social, tanto local como regional.
“Com tantas notícias que saíram nos últimos tempos sobre dificuldades no acesso a alojamento, falta de condições para os alunos seguirem para o ensino superior – fazendo naturalmente parte da nossa missão remover essas barreiras -, estes números destacam ainda mais a importância das instituições e do ensino de proximidade, que permite que muitos jovens tenham condições para prosseguirem os seus estudos. Seja ou não no seu local de residência, o importante é que criemos condições para que as pessoas continuem a estudar, acreditando que é possível ir mais além, nomeadamente no alojamento, na promoção da saúde mental e no combate ao abandono escolar”, conclui a presidente do CCISP.
Com a 2.ª Fase do CNAES a iniciar já no dia 26 de agosto, estarão disponíveis cerca de 5.000 vagas, representando uma nova oportunidade para os estudantes garantirem o seu lugar nos cursos politécnicos. Estes cursos, reconhecidos pela sua forte ligação ao mercado de trabalho, oferecem uma formação prática que prepara os alunos para os desafios profissionais do futuro.
O número total de novos estudantes no ensino superior público incluirá ainda alunos que venham a ser admitidos através dos concursos locais, dos regimes especiais de acesso, bem como dos concursos especiais para estudantes titulares de diploma de especialização tecnológica; titulares de diploma de técnico superior profissional; titulares de outros cursos superiores; estudantes internacionais e titulares de cursos de dupla certificação de nível secundário e cursos artísticos especializados.