A direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA), do Partido Comunista Português, em comunicado enviado para a redação da Hertz, «constata que o encerramento de um número cada vez maior de postos dos CTT nas freguesias rurais, a redução dos serviços prestados às populações nas estações concelhias e cada vez maior deficiência da distribuição postal, reforça a exigência da recuperação dos CTT para o controlo público». «No distrito de Santarém, são vários os concelhos, cujas freguesias rurais não têm posto dos CTT, obrigando as populações a deslocarem-se muitos quilómetros até à sede do concelho, para obterem um serviço que durante muitos anos esteve ao pé da porta, mas que a privatização dos Correios tem vindo a liquidar», lamenta o mesmo texto. «E, naquelas freguesias onde o balcão dos CTT funciona na respectiva junta de freguesia, ou num comércio local, o serviço postal não tem futuro, pelas condições oferecidas pela Empresa aos prestadores do serviço. Por exemplo, em Vale de Figueira, no Concelho de Santarém, desde Maio que não há balcão de correios, porque a unidade comercial com contrato celebrado com os CTT o rescindiu, devido ao facto de as contrapartidas deste não serem compensadoras. A exemplo do que tem acontecido, com o encerramento dos postos de saúde, os serviços locais da Segurança Social, com a escola pública e outros serviços públicos, as populações das localidades rurais do nosso Distrito, estão cada vez mais sujeitas aos efeitos da desertificação e às cada vez maiores assimetrias territoriais. Entretanto, nas sedes dos concelhos, as estações dos CTT são cada vez mais banco e cada vez menos correios, com um número cada vez menor de trabalhadores para o trabalho postal», adverte este mesmo comunicado do PCP.
