As autoridades de Saúde Pública do Médio Tejo decretaram um “alerta vermelho de saúde pública” para a região devido ao calor extremo que se faz sentir. Com a ativação deste alerta – que é acionado sempre que se atingem temperaturas superiores a 38º graus – existe um aumento considerável do risco de ocorrerem complicações associadas ao calor, junto dos públicos mais vulneráveis – os idosos, os idosos isolados, bebés e crianças pequenas e a população acamada ou dependente de terceiros. Muito importante também é a vigilância dos utentes portadores de doença crónica (diabetes, hipertensão arterial, doença pulmonar crónica, insuficiência renal, entre outras). O calor extremo poderá levar à descompensação aguda da patologia diagnosticada, com efeitos graves para a saúde. Junto da população idosa estão em maior risco os idosos que residem sozinhos, sem rede familiar, ou com a rede familiar fora da região. Também têm risco acrescido aqueles que habitam zonas mais isoladas e casas com dificuldades de arrefecimento térmico. Para evitar as consequências muito graves para a saúde dos mais idosos deve evitar-se a exposição solar e reforçar, com a máxima frequência, a hidratação, bebendo água ou sumos de fruta naturais sem adição de açúcar. A hidratação deve ser feita mesmo se a pessoa não tiver sede. Recomenda-se igualmente a deslocação do idoso para residência de um familiar, ou adotar medidas que garantam o conforto térmico da sua residência. Caso se verifique a total ausência, ou mesmo a inexistência de uma rede familiar associada à pessoa idosa, deve ser esta referenciado por quem o conhecer – como vizinhos, ou comerciantes. Qualquer pessoa poderá referenciar um idoso a viver isolado às autoridades, como a GNR, PSP, Proteção Civil, Câmaras Municipais, ou Juntas de Freguesia, entre outros, nomeadamente através da linha de saúde SNS24 (808242424). Ao agir preventivamente possibilita-se a intervenção rápida possível junto deste público tão sensível ao calor.