Ainda antes da inauguração oficial – que decorreu nesta segunda-feira – eis que alguém resolveu rabiscar a estação da rede de bicicletas elétricas que está situada junto ao Parque Infantil da zona desportiva de Tomar. Uma vez mais, estão visíveis algumas marcas em tudo idênticas às que aparecem em vários pontos da cidade, o que leva a crer que estarão em causa os mesmos autores destes sucessivos atentados contra o património público e coletivo. Tal como a Hertz adiantou em tempo oportuno, já o renovado Flecheiro também foi alvo de um conjunto de inscrições, precisamente em três papeleiras e ainda em dois bancos, atos de vandalismo que já chegaram ao conhecimento da Câmara de Tomar, pelo que não é de descartar a apresentação de queixa às autoridades competentes. Uma das soluções que pode travar este acréscimo de atentados contra o património pode centrar-se na instalação de sistema de videovigilância em alguns locais da cidade. O assunto, recorde-se, foi analisado em recente Assembleia Municipal, altura em que Hugo Cristóvão, presidente de Câmara, confidenciou que está na posse de uma proposta para a concretização do projeto, só que está em causa um orçamento demasiado elevado, na casa dos 150 mil euros. A resposta surgiu na sequência de uma questão colocada por Francisco Tavares, eleito do CDS na Assembleia Municipal, que apontou, precisamente, para a videovigilância como um elemento potencialmente dissuasor de atos de vandalismo, desde logo na questão dos grafitis, prática catalogada como uma «praga». Hugo Cristóvão disse, então, que está marcada uma nova reunião com a Polícia de Segurança Pública no sentido de «perceber se será possível obter equipamentos mais baratos». O autarca considerou mesmo que o orçamento proposto comporta câmaras «de excelência» quando há outras, menos dispendiosas, que fazem o mesmo trabalho.