Américo Costa, eleito pelo ‘Chega!’ na Assembleia Municipal de Tomar emitiu um comunicado – que fez chegar à redação da Hertz – onde confirma a sua ausência da Saída de Coroas que está marcada para o próximo dia 7 de Julho e que tanta polémica tem suscitado no concelho nabantino. Para já, tal como a Hertz adiantou em tempo oportuno, entidades como a Santa Casa da Misericórdia e ainda as Juntas de Além da Ribeira/Pedreira, Casais/Alviobeira, Olalhas, São Pedro e Serra/Junceira demarcaram-se da iniciativa. Eis, então, o comunicado de Américo Costa: «É com grande pesar e profunda decepção que me dirijo a vocês hoje para anunciar a minha decisão de não participar no cortejo do dia 7 de julho de 2024. Esta decisão, embora difícil, é pautada por princípios e valores que considero inegociáveis e que, infelizmente, têm sido postos em causa. A Festa dos Tabuleiros é um legado histórico e cultural de inegável valor, símbolo da nossa identidade e da nossa união. É um momento que transcende ideologias e diferenças, que nos une numa celebração da nossa tradição e da nossa comunidade. No entanto, assistimos a uma instrumentalização e deturpação da nossa Festa, uma tentativa de manipulação do seu simbolismo para fins que me parecem, no mínimo, questionáveis. A organização de uma Saída de Coroas em ano que não se realiza a Festa, desvirtuando o seu significado e a sua tradição, é um ato que considero inaceitável e que me afasta completamente. Acredito que a Festa dos Tabuleiros deve ser respeitada na sua essência, na sua autenticidade e na sua tradição secular. A sua beleza reside na sua unicidade, no seu carácter genuíno e na sua profunda ligação às nossas raízes. Não posso, em consciência, participar num evento que, na minha perspetiva, atenta contra a tradição e a identidade da nossa Festa. A minha posição é de profunda respeito pela Festa dos Tabuleiros e pela comunidade tomarense. A minha voz se eleva em defesa da preservação da sua autenticidade e do seu espírito, que considero serem os verdadeiros valores que a tornam única e singular. Espero que, em breve, a nossa Festa volte a ser um momento de união e de celebração da nossa tradição, livre de manobras e instrumentalizações».