As perdas de água no concelho de Tomar ainda estão a níveis incomportáveis: para se ter uma ideia, da totalidade da água que é adquirida pela Tejo Ambiente cerca de 40% é, pura e simplesmente, desperdiçada, principalmente devido ao estado degradado das condutas, que originam roturas constantes. Por ocasião da recente análise da auditoria feita às contas da empresa, Tiago Carrão, vereador do PSD, não perdeu a oportunidade para deixar esse alerta, considerando que, devido a essa situação, os preços dos tarifários «não podem ser mais baixos». Filipa Fernandes, vice-presidente da Câmara de Tomar, assumiu as perdas de água como «uma preocupação» mas, ao mesmo tempo, uma «prioridade», assegurando que essas perdas «já foram muito superiores ao que são hoje em dia». Importa recordar, a esse propósito, a recente análise que foi feita ao Plano e Orçamento da Tejo Ambiente, precisamente para este ano de 2024, altura em que Lourenço dos Santos, eleito do PSD na Assembleia Municipal de Tomar, classificou o documento em análise como «uma farsa» uma vez que se baseia em contabilidade errada, apontando para uma faturação de água em Tomar na ordem dos 5,8 milhões de euros, sendo que o custo de aquisição está cifrado nos 2,8 milhões. Lourenço dos Santos disse, assim, que se projeta um lucro de três milhões sem se ter em consideração as perdas de água, que devem custar «cerca de um milhão de euros», acrescentou.