As duras acusações são do Partido Social-Democrata: em comunicado enviado para a redação da Hertz, a Comissão Política Concelhia acusa a «governação socialista» na Câmara de Tomar de «incapacidade» e de «lesar os contribuintes em 600 mil euros», neste particular na gestão do processo de regularização de dívidas à Águas do Vale do Tejo e à EPAL. O mesmo texto reforça que a autarquia «tem uma dívida de cerca de dois milhões de euros às duas empresas e, em setembro passado, a governação municipal socialista aprovou, após vários anos, um Acordo e Plano de Pagamentos para regularização destas dívidas em 25 anos, num valor total aproximado de 5 milhões de euros (capital em dívida + juros)». No entanto, prossegue o comunicado, «apesar da aprovação em reunião de Câmara, os socialistas não cumpriram o Acordo nem efetuaram os pagamentos e, na reunião de Câmara de 13 de maio, voltaram a trazer o mesmo Acordo e Plano de Pagamentos, o que resultou num custo acrescido de 600 mil euros em juros. Fica por explicar o que andaram os socialistas a fazer nestes oito meses, para além de vários anos a negociar, uma vez que o Acordo agora apresentado é igual ao anterior», acusam os sociais-democratas. «Por causa do não cumprimento do Acordo e Plano de Pagamentos aprovado em setembro, os contribuintes vão ser lesados em mais de 600 mil euros devido ao acréscimo dos juros ao longo destes 8 meses, e também porque o Acordo tem por base a rentabilidade das Obrigações do Tesouro Portuguesas a 10 anos, que em setembro apontava a 2022 com um valor de 2,2%, mas no novo Acordo já tem por base 2023 com um valor de 3,2%, algo que o Presidente da CMT, Hugo Cristóvão, desconhecia, como ficou claro na reunião de Câmara», acrescenta o PSD, que considera como «inaceitável a forma como a governação socialista tratou este processo, defraudando o erário público em 600 mil euros».