A Democracia é como uma flor, ou se conhece, cuida e acarinha, e esta vive vigorosa e dá frutos, ou não se cuida e ela enfraquece e morre. Foi de acordo com esta máxima que os alunos das turmas B, F e G do décimo segundo ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas Templários se deslocaram, no passado dia 15 de abril, à casa da Democracia, a casa de todos nós, a Assembleia da República! Aqui faz-se História e cuida-se da Democracia, o regime que se pratica em liberdade e permite escolher quem nos representa e governa. Do convento beneditino convertido a espaço de poder político, conhecemos as salas mais famosas deste edifício com imponente fachada neoclássica, a sua História, alguns “fait-divers”, tradições, protocolos e as figuras mais destacadas na construção de um Portugal livre, justo e democrático.
A visita de estudo, tendo como pano de fundo a comemoração dos cinquenta anos da Revolução dos Cravos e visou, sobretudo, a construção de uma consciencialização cívica viva, assente em pilares fortes, monumentais e duradouros, de maneira a combater a desinformação e propaganda veiculada nas redes sociais que, infelizmente, tem vindo a desgastar a imagem da Democracia entre jovens e menos jovens. Para além desta preocupação, procurou o aprofundamento dos conteúdos da disciplina de História A, que, naturalmente, são indissociáveis do primeiro objetivo a que aludimos.
Da parte da tarde, depois de repostos os níveis de energia, foi tempo de calcorrear os mesmos caminhos que o poeta palmilhou nas suas viagens, reais ou imaginadas. Quantas odes foram sonhadas por Pessoa naquelas esquinas do Chiado? Será que conheceu Caeiro num brumoso repasto no Martinho da Arcada, ou Campos na Brasileira, entre um café e um pastel? E quanto a Reis, terá tropeçado nele à entrada do S. Carlos? E tantos e tantos outros heterónimos que habitaram a sua imaginação…
Um dia cansativo, mas cheio! Cheio de cultura, civilidade, poesia e portugalidade! Um encontro connosco na História e nas letras! “Valeu a pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.”