Aprovado esta terça-feira em reunião de Câmara, o Município de Leiria irá lançar um concurso internacional para o serviço público de transporte rodoviário de passageiros na cidade, mais conhecido por Mobilis, num investimento superior a 18 milhões de euros e cujo contrato terá a duração de oito anos. Os requisitos do modelo de serviço a contratar pretendem melhorar a oferta e responder às reais necessidades da população leiriense, procurando tornar o transporte coletivo numa verdadeira alternativa para as deslocações diárias, para além de visarem a sustentabilidade, a qualidade ambiental e a inovação tecnológica. A frota automóvel do prestador deverá ser composta por sete viaturas elétricas (número definido legalmente pelo regime jurídico relativo à promoção de veículos de transporte rodoviário limpos a favor da mobilidade com nível baixo de emissões) e, a partir de setembro de 2025, deverá aumentar para 13 veículos movidos a bateria por eletricidade e por seis a diesel, com o objetivo de contribuir para a descarbonização do setor. A par do tipo de viatura, a idade dos veículos também é um dos pressupostos do concurso, em que a média não poderá ser superior a dez anos e a frota não poderá ter autocarros com mais de 14 anos, devendo estar adaptados à procura de cada uma das linhas. As atuais linhas 1 (Estação), 2 (Hospital) e 9 (uMOB – Politécnico) deverão ser reforçadas tanto ao nível do número de autocarros como ao nível dos horários nos períodos de maior procura, critério que resulta de um estudo promovido pelo Município em 2023 ao transporte público urbano. A rede Mobilis deverá passar a contar com uma décima linha, a iniciar em setembro de 2025, que fará a ligação entre a futura Central de Mobilidade de Leiria e os parques de estacionamento gratuito na zona das Olhalvas (existente) e junto à Rotunda D. Dinis (em fase de projeto), cujo percurso deverá incluir passagem por alguns dos serviços públicos relevantes, como sejam a Câmara Municipal e Segurança Social, a Loja de Cidadão e o Teatro José Lúcio da Silva. Pretende-se que seja uma linha regular e frequente, como forma de estimular a multimodalidade. Outro dos critérios é a conexão ao Leiria Smart City, ou seja, ao sistema informativo que permite a georreferenciação de toda a frota, bem como ter acesso a determinados dados em tempo real, nomeadamente a horários e eventuais atrasos. Com um investimento de 18.116.334 euros, prevê-se que o novo serviço entre em funcionamento a 1 de janeiro de 2025. www.cm-leiria.pt