As doenças cardiovasculares situam-se no topo da lista relativamente às causas de morte em Portugal, sendo que os números associados à estas doenças são verdadeiramente preocupantes no contexto nacional.
O risco cardiovascular tem aumentado significativamente no país, estando altamente associado à efemérides como o excesso de peso, tensão arterial, colesterol elevado e hábitos tabágicos.
Estes são comportamentos que a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), em associação com várias faculdades de medicina em Portugal, tem estudado, procurando melhorias não só na prática clínica, mas também no desenvolvimento social.
A importância de medicação no tratamento
Numa luta que muitas vezes é “sombria”, a prevenção de doenças cardiovasculares acaba por passar por fatores extremamente básicos, mas que muitas vezes são descurados pela população em geral.
Assim sendo, geralmente, o tratamento destes problemas acaba por ser associado a medicação de hipertensão, sendo que o bisoprolol é um betabloqueador que tem estado em evidência na ajuda de uma melhor circulação e diminuição da resistência dos vasos sanguíneos.
Este é apenas um dos medicamentos que poderá ser indicado por um cardiologista, uma medida de contenção para quando a doença já está efetiva.
Os portugueses e o colesterol
Um estudo realizado pela GFK Metris em 2023 revelou que, de entre as 800 pessoas envolvidas, 88 % dos inquiridos com idade entre os 18 e 24 anos não sabe o valor do seu colesterol atualmente.
No entanto, o reconhecimento sobre o que é o colesterol acaba por ser geral, já que 89 % das pessoas sabem as doenças provocadas pelo mesmo.
Os números acabam por indicar algum desconhecimento de causa relativamente à conceitos mais específicos destas doenças, muito devido à falta de informação ou simplesmente à acreditação de alguns mitos e controvérsias.
Números alarmantes que têm de ser revertidos
A Fundação Portuguesa de Cardiologia também publicou números preocupantes relativamente às mortes em Portugal por doença cardiovascular, sendo que a cada 15 minutos morre uma pessoa por esta causa no país.
42 % das pessoas morrem devido à acidente vascular cerebral (AVC), 25 % por enfarte de miocárdio e a restante percentagem por outras doenças cardiovasculares, sendo que 50 % dessas mortes são atribuídas à episódios súbitos.
Cerca de oito em cada dez óbitos antes dos 70 anos podem ser evitados nas causas cardiovasculares, conferindo assim uma taxa elevada de sucesso se incentivos forem feitos para que esta situação seja revertida.
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Alimentação saudável e exercício físico são fundamentais
A simples mudança de alguns hábitos pode fazer toda a diferença relativamente ao risco de desenvolvimento nas doenças cardiovasculares, sendo que uma alimentação saudável e a prática de exercício físico podem ser preponderantes, tal como mencionamos anteriormente.
Em Portugal, uma grande parte da população ainda rejeita a opinião de que a simples atividade física poderá ajudar a controlar o colesterol elevado, algo que também poderá ser mitigado com pequenas alterações naquilo que comemos.
O período pandémico não contribuiu para uma melhoria dos hábitos nos portugueses, sendo que quase um terço do total de óbitos tem anualmente sido associado à doenças cardiovasculares.