O União de Tomar-Rio Maior, a contar para a décima jornada da 1ª Divisão Distrital, está envolto em polémica. Há queixas de parte a parte, sendo que Vítor Alexandre, treinador dos «azuis e brancos», em entrevista concedida à Hertz e que pode ser ouvida, na íntegra, no Hertz Desportivo desta segunda-feira, lamenta a forma como os seus atletas têm sido tratados neste campeonato, deixando claro que «irá defendê-los» até ao fim: «Saí muito triste de Tomar. Não sou pessoa de guerras e tento ser ponderado. Mas acho que as pessoas envolvidas no futebol distrital deveriam ter mais respeito pelo Rio Maior e pelos seus jogadores. Os meus jogadores não são arruaceiros como os querem fazer crer. Ao contrário do que as pessoas pensam, os jogadores não ganham aqui milhões. A maior deles vem de Lisboa três vezes por semana para treinar e aquilo que ganham é uma sandes no final dos treinos. Mas eles não estão a ser respeitados. Isto nada tem a ver com a derrota em Tomar. Neste domingo, sofremos duas expulsões, que até foram justíssimas. Mas os meus jogadores responderam a provocações. E quando isto acontece só a pessoa que responde à provocação é que é punida? Não houve justiça! Foi só para um lado. Isto começa a cansar. Parece que os jogadores do Rio Maior são do pior que existe. Mas eu tenho um orgulho enorme em ser treinador deles e vou defendê-los até ao fim do mundo. Não quero entrar em polémicas mas quem não se sente não é filho de boa gente».
Lino Freitas, treinador do União de Tomar, também em entrevista concedida à Hertz, disse não ter conhecimento de quais são as provocações referidas pelos riomaiorenses e lamentou alguma violência aplicada pelos «azuis e brancos»: «Não sei a que provocações se refere o treinador do Rio Maior… Vi uma equipa muito agressiva na disputa dos lances e o árbitro terá permitido excessos a jogadores deles. Talvez até tivesse algum medo em certa medida do que aconteceu, ainda que tivesse actuado disciplinarmente. Não vi nada de anormal nesse jogo. A minha equipa não entrou em caminhos que não devia e os jogadores conseguiram responder, com cabeça, a entradas violentas que aconteceram».