Início AGENDA TORRES NOVAS – Reabilitação do Nogueiral (fase 1) em abertura de concurso

TORRES NOVAS – Reabilitação do Nogueiral (fase 1) em abertura de concurso

A Ponte da Pedrinha, também designada por Ponte da Levada, correspondeu não só a uma importante construção de engenharia medieval, mas também, a uma reorganização da malha urbana e da rede viária local da Idade Média que, de certa forma, expandiu ou prolongou as dinâmicas da vila de Torres Novas para a margem esquerda do rio Almonda, criando uma ligação rápida e privilegiada à antiga estrada romana e posterior ligação priorizada a Tomar. O atual Largo José Lopes dos Santos, vulgarmente designado de Largo do Virgínia, surge com o desenvolvimento da economia torrejana relacionada com rio Almonda privilegiadamente ligada, numa primeira fase, com os moinhos e lagares que se situavam em torno da levada que, mais tarde, tornar-se-ia o canal de água que mexeu a máquina do vapor da Central do Caldeirão. As primeiras construções habitacionais e oficinais em torno de uma grande praça/rossio que juntava os atuais Largo José Lopes dos Santos ao Largo das Forças Armadas surgem somente em período contemporâneo. A intervenção, que estes procedimentos propõem, almeja requalificar o espaço público desta extensa área, partindo do objetivo de devolver o espaço à cidade e à população, assim como de fazer emergir o Rio para a Cidade. O projeto proposto começou a ser desenvolvido faz já alguns anos, na intenção de execução no âmbito do PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (2ª fase), que constava do Quadro Comunitário Portugal 2020. Dado que, nesse plano, foram privilegiados outros projetos como o Parque Almonda, a Central do Caldeirão ou o Prédio Alvarenga, o projeto de Requalificação do Nogueiral foi submetido ao ITI – Investimentos Territoriais Integrados, do Quadro Comunitário Portugal 2030, programa que substituiu o PEDU, e entretanto já foi validado pela entidade de gestão, nomeadamente a CCDR Centro e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. A intervenção, na sua globalidade, ambiciona uma profunda alteração ao espaço público, que dá continuidade à obra realizada no ano de 2023 na rua do Caldeirão, e que segue com a reabilitação da totalidade da avenida João Martins de Azevedo.

Sucintamente, integrará a requalificação dos seguintes locais:

– Levada da Central do Caldeirão desde o Açude Real, pretendendo-se com a mesma uma maior visibilidade e interação com este testemunho da Revolução Industrial, com a criação de um deck sobre o mesmo, permitindo regularizar a supressão do corredor pedonal existente da Avenida João Martins de Azevedo;

– Cruzamento da rua Alexandre Herculano com a rua do Bom Amor e com a avenida João Martins de Azevedo, reabilitando a rotunda, pavimentos, corredores pedonais, alguns dos espaços verdes, salvaguardando a relocalização da contentorização de RSU;

– Jardim das Laranjeiras, visando uma transformação espacial que parte da reabilitação do pomar numa ampla praça pública com esplanada, nova localização do quiosque e com casas de banho;

– Rede viária estrutural da intervenção, constituída pela rua Alexandre Herculano e pela avenida dos Bombeiros Voluntários, estando prevista a sua repavimentação, a criação de uma passadeira sobrelevada, o tratamento integral dos corredores pedonais com relocalização das paragens dos Transportes Urbanos Torrejanos e dos contentores RSU, que passarão em toda a dimensão do projeto a ser subterrâneos. Ressalve-se que, no troço da rua Alexandre Herculano entre a rua do Caldeirão e a Avenida dos Bombeiros Voluntários prevê-se uma substituição integral do pavimento e a sua inclusão na Zona de Coexistência do Centro Histórico;

– Na totalidade da intervenção está prevista a substituição total da rede de iluminação pública para tecnologia LED, com capacidade para telegestão, regularização dos corredores pedonais e criação de passadeiras com pavimento de aproximação tátil e substituição da contentorização RSU para subterrânea;

– Largo do Virgínia, pretende-se com a reabilitação criar uma ampla praça com uma bolsa de estacionamento para 26 viaturas, evidenciando a arquitetura do Teatro Virgínia.

A área total aproximada a intervencionar é de 8500 m2. Dados os constrangimentos provocados pela empreitada no que respeita ao estacionamento, de forma a minimizar os impactes da supressão dos 56 lugares de estacionamento convencionados do Largo do Teatro Virgínia, coloca-se a hipótese de utilização parcial da cobertura do Parque Almonda para o fim de estacionamento público, com uma capacidade de 44 lugares de estacionamento, sendo dois deles exclusivos para mobilidade reduzida. O orçamento da empreitada totaliza 1.320.912,76 euros acrescidos do valor do IVA à taxa legal em vigor e a abertura de concurso público foi aprovada na reunião camarária de 14 de fevereiro. www.cm-torresnovas.pt