A Câmara de Abrantes vai recorrer às vias judiciais para apurar responsabilidades face aos transtornos que têm sido causados à obra de requalificação da Ribeira de Rio de Moinhos. Em recente sessão do executivo, Manuel Valamatos, presidente da autarquia abrantina, confirmou essa intensão, que serve como resposta às providências cautelares colocadas por munícipes que pretendem, dessa forma, travar a empreitada. O autarca recuou no tempo para recordar que aquela ribeira esteve abandonada durante muito tempo, linha de água que sofreu impacto deveras negativo com a passagem da depressão Elsa, que destruiu linhas de água, pontes, estradas e outras estruturas. Agora, com um investimento na ordem dos três milhões de euros, o objetivo passa por requalificar toda aquela área: «Temos de parar com esta novela! Há muitos anos que aquela ribeira estava abandonada. Sofreu um impacto muito forte da Depressão Elsa, pelo que lutámos durante vários anos para responder aos anseios das comunidades, desde logo os presidentes de Junta. Fizemos um pressing sobre o Ministério do Ambiente, que nos convenceu a ser donos de obra e a avançar com o projeto de requalificação. Foi isso que fizemos e com recurso a uma empresa credível e qualificada naquela matéria. Temos de confiar nas instituições. Deixemos a obra continuar… Aliás, há providências cautelares e outros mecanismos que fizeram com que houvesse condicionalismos na execução da obra. E eu estou para ver quem se vai responsabilizar! E nós, Câmara, também vamos avançar com ações em Tribunal. Alguém se terá de responsabilizar por aquilo que não foi feito e que os quadros de apoio comunitário não permitiram que acontecesse. Não vamos deixar ficar isto em claro pois estamos a defender as nossas comunidades. Não pode ser um cidadão ou dois a contrariar, a dificultar e a interromper processos que estavam a decorrer de forma natural».