As contas da Festa dos Tabuleiros, edição de 2023, prometem continuar a dar que falar. Na sessão de apresentação, o Mordomo Mário Formiga confirmou a transferência de 15450 euros para as Juntas de Freguesia, sendo que esse valor foi distribuído proporcionalmente face ao número de tabuleiros. Por aquilo que a Hertz apurou, entretanto, estará em causa um apoio na ordem dos 25 euros por tabuleiro, montante que está aquém do que foi gasto pelas Juntas para se fazerem representar na Festa. Aliás, o próprio Mário Formiga acabou por admitir que a transferência para as freguesias foi «simbólica», ao mesmo tempo que confirmou que a Comissão entendeu por bem devolver 15 mil euros ao Município «em vez de colocar essa verba no banco», justificou:
Perante estes números, a Hertz procurou obter a reação de alguns dos presidentes de Junta, desde logo daqueles que, publicamente, já fizeram questão de assumir posições em torno dos gastos da Festa dos Tabuleiros. Por exemplo, Américo Pereira, presidente da Serra e Junceira, quis deixar claro que a verba atribuída pela Comissão não cobre sequer 30% do montante despendido pelo seu executivo:
Américo Pereira não hesitou, ainda, em se referir aos 15 mil euros que a Comissão entendeu devolver à Câmara, lamentando, numa visão mais global, que «as coisas não tenham corrido muito bem» ao nível das contas:
João Luís Alves, presidente de Casais e Alviobeira, foi outro dos autarcas que quis deixar claro que a verba transferida pela Comissão «não cobre todas as despesas»:
João Luís Alves disse, ainda, não compreender a atribuição de 15 mil euros à Câmara de Tomar, que considerou ser «uma gota num oceano de um milhão e trezentos mil euros»: