A direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos demitiu-se em bloco. Nuno Cruz e Gabriel Neves, respetivamente presidente e vice, confirmaram este cenário em conferência de imprensa que decorreu no quartel daquela corporação, ao mesmo tempo que denunciaram ameaças a bombeiros, situação que – garantiram – já fez com que alguns operacionais entrassem em baixa. É este, assim, mais um capítulo da forte polémica em que os Bombeiros Voluntários estão mergulhados. De um lado está a direção da Associação, que entrou em funções em Maio último, e do outro o Comandante José Pereira. Na citada conferência de imprensa, Nuno Cruz começou, então, por assegurar que desde que os órgãos sociais tomaram posse houve resistência interna a algumas medidas que estavam em perspetiva e, por isso, foi decidido não renovar a comissão de serviço do Comandante. Gabriel Neves abordou, depois, a situação financeira da Associação, classificando-a de “muito precária”. Nesta altura, já há 52 profissionais no quadro de recursos humanos, o que se traduz em gastos de um milhão de euros ao ano em salários. Entretanto, na base da polémica estarão rendimentos não-declarados dentro da Corporação. O dirigente fala mesmo em possível “fraude fiscal” e disse que o caso está entregue ao Ministério Público. As acusações foram ao ponto de Nuno Cruz assegurar que “há bombeiros que são ofendidos e ameaçados”, “bombeiros que estão de baixa”, com Gabriel Neves a querer deixar claro que os operacionais “são ameaçados pelo grupo que apoia o Comandante”. Assista ao vídeo editado pela nossa redação.
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