Pela primeira vez a expor na sua terra natal, Matilde Marçal apresenta em Abrantes um conjunto de obras que realizou nos últimos 15 anos “principalmente constituída por vários conjuntos formados por diversos pequenos e médios formatos, interessantes variações sobre o quadro múltiplo numa recriação totalmente contemporânea do modelo “retabular”, abrangendo, por seu turno, três distintos universos temáticos que remetem para memórias de lugares, de atmosferas e de coisas, incluindo as referências a esses motivos na própria história da pintura”, descreve o curador Fernando António Baptista Pereira. Matilde Marçal, natural de Abrantes, foi professora de pintura e gravura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (hoje Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa) e, durante 50 anos, partilhou o atelier e também o ensino da pintura e gravura com Gil Teixeira Lopes, recentemente falecido, com quem expôs regularmente. Na exposição com trabalhos do Mestre Gil Teixeira Lopes, patente no MIAA, o visitante pode apreciar, segundo referiu o curador na inauguração, obras da última fase do artista, “aquela que ainda não foi mostrada extensivamente ao público”, tendo o curador escolhido um conjunto de peças “onde vemos figuração e abstração”. Além das obras de pintura de grande formato, podem também ser apreciadas no MIAA esculturas de Gil Teixeira Lopes “que guiam até entrar na exposição de Matilde Marçal”. Esta é a primeira exposição da obra de Gil Teixeira Lopes após o seu falecimento, em finais de 2022, aos 86 anos. Foi professor catedrático de pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e afirmou-se como artista na década de 1960, tendo-lhe sido atribuídos, desde então, vários prémios e distinções nacionais e internacionais. As exposições de Matilde Marçal e Gil Teixeira Lopes no Museu do Ano 2023, em Abrantes, foram inauguradas este sábado, 28 de outubro, e na ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, começou por enaltecer “a função social do nosso Museu Ibérico de Arqueologia e Arte enquanto peça chave da nossa política cultural municipal, salientando ainda o grande investimento municipal neste museu distinguido com o prémio Nuno Teotónio Pereira, de reabilitação urbana, do IHRU e como Museu do Ano 2023”. Manuel Jorge Valamatos agradeceu à abrantina Matilde Marçal por expor pela primeira vez em Abrantes e destacou os méritos do Mestre Gil Teixeira Lopes” que estará para sempre ligado a Abrantes através dos vitrais do monumento no Outeiro de São Pedro”. As duas exposições temporárias podem ser visitadas no MIAA até 30 de março de 2024.
Horário de funcionamento:
Terça a domingo: das 10h – 12h30 e das 14h – 17h30
Encerra à segunda-feira e feriados (exceto 14 de junho)
Entradas gratuitas aos domingos
Observação: última entrada 30 minutos antes do encerramento