Em comunicado enviado para a redação da Hertz, a Comissão Concelhia de Torres Novas do Partido Comunista Português expressa a sua «profunda solidariedade aos trabalhadores da CMG – Cerâmicas, particularmente com os 106 trabalhadores cuja intenção de despedimento foi anunciada, em consequência da declaração de insolvência da empresa». O mesmo texto refere que a situação de insolvência da CMG «é resultado da gestão irresponsável da empresa, que acumulou dívidas sobre dívidas, gerando incerteza na vida de mais de uma centena de trabalhadores, na sua maioria mulheres. Os trabalhadores, ao longo dos anos, suportaram atrasos salariais, humilhações e condições de trabalho precárias, enquanto se hipotecaram instalações fabris e penhoravam máquinas para lidar com dívidas à Segurança Social». O Partido Comunista Português recorda que «no dia 13 de outubro deste ano, a administração da CMG anunciou um despedimento coletivo que afetou praticamente todos os trabalhadores, como se fossem peças descartáveis de uma linha de produção obsoleta (…) No final de 2022 o PCP tomou posição pública sobre o assunto e levou-o à discussão na Assembleia Municipal de Torres Novas e, através do seu Grupo Parlamentar, perguntou ao Governo PS que medidas pensava tomar para, por um lado, evitar a insolvência da CMG e, por outro, garantir o pagamento de salários e a manutenção dos postos de trabalho. Até hoje, e passados 10 meses, o Governo nem se dignou responder ao que lhe foi perguntado, nem tomou qualquer medida em apoio dos trabalhadores da CMG deixando arrastar uma situação que acabou por ter este desfecho», lamenta o Partido Comunista. A Comissão Concelhia de Torres Novas do PCP «exige que sejam respeitados os direitos dos trabalhadores e garantido o pagamento do que lhes é devido», apelando ainda «à sua unidade e à solidariedade de toda a população nesta luta por justiça e dignidade no local de trabalho».