Está instalada a polémica entre o Agrupamento Templários e a Câmara de Tomar. Está em causa a possível colocação de Atividades de Enriquecimento Curricular em horário escolar, uma medida que a autarquia pretende implementar… mas que conta com posição contrária do mencionado Agrupamento e ainda dos encarregados de educação. Com efeito, as conhecidas como AECS são de caráter facultativo mas, desta forma – como já acontece no Agrupamento Nuno de Santa Maria – as crianças e jovens são praticamente obrigados a frequentar essas atividades, sendo que o horário escolar se prolonga por via disso. Com constrangimentos inerentes a essa alteração. Ainda não é dado adquirido que esta mudança seja uma realidade mas, nesta altura, há já um movimento de pais que pretende travar as alterações, alertando para possíveis efeitos nefastos no aspeto pedagógico. Assim acontece, também, com o Agrupamento Templários. Paulo Macedo, o diretor, admite uma «discordância total» com aquilo que a Câmara propõe e defende que as AECS sejam dadas mas fora dos espaços curriculares:
Paulo Macedo reforçou, então, que esta introdução de AECS no horário escolar será prejudicial pedagogicamente e que «irá desestabilizar as turmas»:
Contatado pela Hertz, Hugo Cristóvão, vereador da Educação na Câmara de Tomar, começou por recordar que a dinamização das AECS implica mais de 50 turmas, num modelo de cinco horas semanais. Ou seja, para o vice-presidente torna-se «impossível» disponibilizar Atividades de Enriquecimento Curricular caso as mesmas não se dispersem durante o dia. Hugo Cristóvão aproveitou, ainda, para lamentar a posição do Agrupamento Templários:
Hugo Cristóvão não deixou de lamentar a contestação em torno desta matéria, referindo que a mesma «é originada, em parte, por alguns docentes, que não querem alterações no horário» e que, depois, acrescentou, «contaminam a opinião dos pais»: