Os números foram avançados pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo: há, nesta altura, 70 mil residentes na região que estão sem acesso a médico de família, uma dura realidade que tem provocado protestos de todos os quadrantes, desde logo porque está em causa um cenário que se tem agravado com o passar do tempo. Em esclarecimento prestado à Lusa, é sublinhado que o Médio Tejo tem um total de 225 mil utentes, pelo que 33% está, assim, com transtornos nos cuidados de saúde primários, desde logo porque… não há profissionais disponíveis para exercer na região. Os concelhos de Abrantes, Alcanena, Mação, Ourém e Sardoal são apontados como aqueles onde os problemas ganham uma outra dimensão, ou seja, onde a média dos 33% é ultrapassada. Alguns dos municípios afetados estão a colocar no terreno diversas medidas que visam atrair médicos, desde logo com o pagamento de compensações financeiras mas a verdade é que estes incentivos não chegam para suprimir as necessidades dos utentes.