Exclusivo Rádio Hertz: Cerca de três dezenas de médicos estão em vias de rejeitar prestar serviço nas urgências dos hospitais de Tomar e Abrantes por, alegadamente, terem salários em atraso. Por aquilo que a nossa redacção apurou, os profissionais em causa estão dispostos a não comparecer ao serviço na transição do dia 31 de Outubro para 1 de Novembro, ou seja, a partir da meia-noite, o que causaria enormes transtornos nas urgências. Outro cenário que se coloca, admite a nossa fonte, é de que este protesto decorra de segunda para terça-feira próximas «para não comprometer o atendimento durante o fim-de-semana». Importa sublinhar, antes de mais, que os médicos que pertencem aos “quadros” não têm vencimentos em atraso, por isso estão em causa os profissionais contratados por empresas que prestam este tipo de apoio. Ainda assim, sublinhou a nossa fonte, o protesto iria fazer com que a urgência «ficasse em ruptura», com as agravantes que daí poderiam surgir na prestação de cuidados aos cidadãos que necessitarem.
Ainda segundo aquilo que a Hertz apurou, a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo foi avisada, por mail, desta acção de protesto e tem, nessa medida, até ao final desta sexta-feira ou, no mínimo, garantir que paga até segunda para evitar este “confronto”. Quanto aos ordenados em atraso, estão em causa dois… mais dois. Ou seja, é normal, para estes profissionais, que o salário seja liquidado com dois meses de atraso. A dita anormalidade aqui é que em cima desses dois já estão outros dois, ou seja, quatro. Refira-se que o protesto não se estende aos médicos do Hospital de Torres Novas uma vez que o contrato para aquela unidade é diferente.
A Hertz já direccionou um pedido de esclarecimentos para a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo pelo que, a todo o momento, contamos receber uma resposta sobre aquilo que está a acontecer nos hospitais de Abrantes e de Tomar.