Continua a ser o assunto do momento: a decisão da Santa Casa da Misericórdia de Tomar em construir a Unidade de Cuidados Continuados em Vila Nova da Barquinha despoletou um conjunto de reações dos mais diversos quadrantes, sendo que a oposição na autarquia nabantina não poupa nas críticas para se referir a um processo que ainda promete dar que falar, mais ainda quando está em causa um investimento na ordem dos seis a sete milhões de euros, com criação de 70 a 80 postos de trabalho. Em comunicado enviado para a Hertz, a Comissão Política Concelhia do Partido Social-Democrata acusa mesmo a «governação socialista» de «empurrar» essa unidade «para fora de Tomar», justificando este cenário «como consequência direta da incapacidade e do impasse político de quem governa atualmente a Câmara Municipal», acusada de «inércia». «Este lamentável episódio também reflete de forma clara e inequívoca a inoperância e o desinteresse do Vice-Presidente Hugo Cristóvão, responsável pelo pelouro do urbanismo e planeamento. Este, foi incapaz de encontrar uma resposta viável para este dossier em três anos. Ao invés de assumir a sua responsabilidade e trabalhar numa solução, preferiu limitar-se a assistir à fuga deste importante projeto sem propor alternativas plausíveis para a localização do empreendimento», reforça o mesmo texto.
Eis o comunicado, na íntegra: «O Partido Social Democrata de Tomar condena veementemente a governação socialista local, após a decisão da Santa Casa da Misericórdia de Tomar de instalar o novo Complexo de Saúde na Atalaia, concelho de Vila Nova da Barquinha. Esta decisão surge como consequência direta da incapacidade e do impasse político de quem governa atualmente a Câmara Municipal de Tomar. Afirmou a Presidente, Anabela Freitas, que “tudo se resolve com diálogo”. No entanto, é precisamente o diálogo, a agilidade e a proatividade que lhe faltaram e à sua equipa na resolução deste assunto. A inércia da Câmara Municipal de Tomar, o desrespeito para com as necessidades e anseios de instituições de cariz social como a Santa Casa da Misericórdia, bem como a falta de visão estratégica para o desenvolvimento do nosso concelho, culminaram na fuga de um investimento de sete milhões de euros, mais de 70 postos de trabalho e, pior, na perda de uma infraestrutura de saúde vital para os cidadãos, em particular os mais idosos. Este lamentável episódio também reflete de forma clara e inequívoca a inoperância e o desinteresse do Vice-Presidente Hugo Cristóvão, responsável pelo pelouro do urbanismo e planeamento. Este, foi incapaz de encontrar uma resposta viável para este dossier em três anos. Ao invés de assumir a sua responsabilidade e trabalhar numa solução, preferiu limitar-se a assistir à fuga deste importante projeto sem propor alternativas plausíveis para a localização do empreendimento. “Falta de humildade” como diz a Presidente da Câmara Municipal de Tomar? O que faltou foi liderança, iniciativa e o verdadeiro compromisso com o bem-estar dos cidadãos e o desenvolvimento de Tomar. A Santa Casa da Misericórdia, uma instituição que há séculos tem servido a comunidade tomarense, foi forçada a procurar soluções noutro concelho devido à incompetência da governação socialista tomarense. Os socialistas falharam redondamente ao não conseguirem garantir um investimento crucial para o nosso concelho. Este é um exemplo triste e lamentável do estado de coisas a que se chegou em Tomar com a atual gestão socialista, esgotada e sem rumo. O PSD de Tomar não só não se revê nesta ausência de liderança e incapacidade de governação, como lamenta profundamente que a Santa Casa da Misericórdia de Tomar se tenha visto forçada a procurar outro concelho para instalar uma importante unidade de saúde, por falta de resposta de quem nos (des)governa. Mais que uma derrota, este processo é uma vergonha para a governação socialista e que, certamente, os tomarenses não esquecerão».