As Marchas Populares de Ferreira do Zêzere, pelo Santo António, já são uma “imagem de marca” desta vila, e nas suas 34 edições levam até ao centro da vila muita gente e centenas de participantes, que dando imaginação ás suas criações, músicas, guarda roupa, de arquinho e balão, mostram o que de uma forma amadora, mas já com muito profissionalismo fazem e com pouco investimento da Câmara, no subsídio às colectividades participantes, se consegue um excelente retorno e um programa cultural que agrega as pessoas e as une, desfilando este ano, frente à Câmara e depois junto ao mercado municipal, transformado em “marchodromo” e com direito a bancadas para 500 pessoas sentadas. A noite era o Dia de Portugal e das Comunidades e até o S. pedro foi benevolente no tempo e não choveu. A depressão Óscar passou ao lado e oito Grupos marcharam pela seguinte ordem:
– Grupo Desportivo Cultural e Recreativo e Rancho Folclórico da Vila de Pias com o seu tema – Aniversários e em que os padrinhos o São Penim e Manuel Penim, com letra e música de Márcio Cabral e coreografia de Diana Cotrim e Marta Cotrim, abriam esta noite “mágica”. Na plateia o executivo da Câmara, e membros do jurí e alguns presidentes de junta. A marcha numero dois era do Agrupamento de Escolas de Ferreira do Zêzere, com jovens desde o pré primário ao 12º ano e com madrinha Lina Serra, letra e música de Maria João Marçal e coreografia de Elizabete Costa e o tema “crescer com sentidos” e podia-se ouvir ” A nossa escola é alegria, tem um verde de encantar, numa terra de magia, como Zêzere a abençoar. Na Escola posso ser, na Escola posso brilhar. AQUI SIM! Aprendo a era em Ferreira aprendo a amar!” A Casa do Povo de Ferreira do Zêzere era a marcha nº 23 com madrinha – Maria Fernanda Gaspar, letra de Raul Saramago e Música da Filarmónica Ferreirense com coreografia de Fernanda Moura. Este ano, o guarda roupa tinha cor e era garrido, depois de em 2022 com o tema de Ivone Silva ser o “preto” a denominante. A Associação Desportiva e Recreativa de Águas Belas trouxe o tema a “Nossa Terra” com a madrinha Luísa Graça, letra de Sá Flores e Música e Arranjo de Samuel Cotrim Pestana e coreografia de Dina Henriques e desfilava em 4º lugar e chegou depois em nº 5 o Agrupamento do Corpo CNE 988 dos Escuteiros de Ferreira do Zêzere com o tema “Festa no Ar” e com um guardada roupa que que a todos encantou, com cores do verde alusivas às Jornadas Mundiais de Juventude, o vermelho da nossa bandeira e em que a madrinha Leonilde António que compôs a letra e com música de João Coelho e coregrafia da própria encantou tudo e todos pela originalidade. O refrão referia ” Rapariga a tua saia, vai subir como um balão, Não tenhas medo de caia, Tá presa na tua mão”.
A Associação do Rancho Folclórico da Alegra de Alqueidão de Santo Amaro desfilava em 6º lugar com a madrinha Belmira Ferreira e Silva e letra e música de Eugénio Mendes. Vindimar era uma festa era o tema com arquinhos alusivos à faina da vindima. As profissões era o tema de uma outra grande marcha a do Sport Clube de Ferreira do Zêzere que desfilava em 7º lugar com a madrinha Isabel Mendes que compôs de igual modo a letra, música e coregrafia. E por último. A Sociedade Filarmónica Ferreirense, com outra grande marcha com a madrinha Dulce Figueiredo, letra do João Henriques, Américo Inácio, Beatriz Galinha, com Música de Pedro Henriques Coreografia de João Henriques, Inês Ferreira, Tânia Antunes, Beatriz Marques e Pedro Alcobia. Cada marcha interpreta só o seu tema e a meu ver e comprando com Lisboa, já que temos aqui marchas que não nos envergonhariam de desfilar na Avenida da Liberdade como convidadas, deveria ser instituído pela Câmara todos os anos uma letra e música comum ao tema da Marcha a ser interpretado por todas as marchas e depois o seu tema próprio, ou seja duas exibições com a coregrafia que entendessem. As “Marchas de Ferreira” tem futuro, pena não estarem representados o Lar de Areias ou a folia festiva e imaginativa da Avecasta; o Lar da Igreja Nova ou a Associação Igrejanovense e já agora os Chãos, pois esta exibição cultural é rica, e agregadora das gentes e juventude. Todas as marchas estiveram muito bem, os guarda roupas eram variados e ricos, as letras algumas mereciam ser revistas assim com as vozes, e não me cabe fazer de júri deste ou daquela marcha, mas pelo que ouvia das bancadas e de alguns apreciadores de marchas merecem um grande destaque a marcha do Sport Clube de Ferreira do Zêzere, os Escuteiros e a Filarmónica Ferreirense. Ao fim de 34 anos muito do público é exigente, sabe apreciar e quer sempre melhor- porém estamos perante, muita dedicação, amor e, com muito pouco ou o apoio possível da Câmara de Ferreira se faz já muito e que estas marchas ou algumas marchas não se fiquem só por esta grande noite e “marchem” aos Lares dos nossos idosos do concelho, mostrar a alegria a – algumas festa de Verão e já agora movam influências e venham marchar a Lisboa, à Casa Regional, ao Bairro dos Olivais que é sede da Casa de Ferreira e extravasar e mostrar o que de bem se faz num pequeno concelho, mas com um riqueza cultural tão grande. Assim sim, Ferreira é uma terra de Sentidos! António Freitas
ANTÓNIO FREITAS