Das 37 vagas que estavam abertas para a chegada de médicos de família à região do Médio Tejo, apenas três foram ocupadas… e nenhuma delas diz respeito ao concelho de Tomar. Houve, então, registo para a colocação de dois profissionais em Torres Novas e outro em Fátima, sendo que o território nabantino – profundamente carenciado – não recebeu, desta forma, qualquer reforço, assim como outras realidades do Médio Tejo, casos de Abrantes, Mação e Alcanena, concelhos também deveras carenciados. Em comunicado enviado para a redação da Hertz, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo refere que tem defendido «a harmonização das formas de organização e das condições de trabalho, valorizando a prestação de cuidados médicos de proximidade (p.e. com incentivos, criação de equipas específicas, médicos das USF a prestar cuidados nas Extensões de Saúde, contratação de médicos estrangeiros, contratação de prestadores de horas médicas… )», num texto onde sugere a todas as entidades envolvidas nas questões da saúde «que tudo façam para tentar resolver a situação no Médio Tejo e em outras regiões com carência de médicos».