A Câmara de Torres Novas aprovou a proposta de criação de uma Zona Residencial e de Coexistência (ZRC) no centro histórico, visando promover novas lógicas de circulação e de mobilidade no espaço público, afirmando-o como local de recreio e de convívio, valorizando a segurança e a qualidade de vida dos moradores e utilizadores locais. As Zonas Residenciais e de Coexistência (ZRC) afirmam-se como instrumentos de segurança rodoviária, alavancadas em soluções de acalmia de tráfego, prevendo uma zona com acessibilidade motorizada condicionada e subordinada aos restantes utilizadores locais, designadamente ao peão, estabelecendo um limite de velocidade de 20km/h para todos os veículos e regendo-se pelas seguintes regras do código da estrada:
a) Os utilizadores vulneráveis (peões) podem utilizar toda a largura da via pública;
b) É permitida a realização de jogos na via pública;
c) Os condutores não devem comprometer a segurança ou a comodidade dos demais utentes da via pública, devendo parar se necessário;
d) Os utilizadores vulneráveis devem abster-se de atos que impeçam ou embaracem desnecessariamente o trânsito de veículos;
e) É proibido o estacionamento, salvo nos locais onde tal for autorizado por sinalização;
f) O condutor que saia de uma zona residencial ou de coexistência deve ceder passagem aos restantes veículos.
O espaço do centro histórico que tradicionalmente desenvolveu hábitos e quotidianos de convívio, ocupação e circulação pedonal, privilegiou no ultimo século a circulação automóvel hipotecando desta forma a sua maior funcionalidade de fórum da cidade. A nova Zona Residencial e de Coexistência (ZRC) ambiciona equilibrar esta realidade, privilegiando uma maior segurança e agradabilidade de circulação para os seus utilizadores e moradores, fomentando um novo conceito de utilização da “rua” e do espaço público, permitindo por exemplo que as crianças voltem a brincar na rua. Com a implantação da Zona de Coexistência a partir do dia de hoje, Torres Novas junta-se a cidades como Lisboa, Porto, Braga e Funchal, sendo pioneira na região do Médio Tejo.