Esta terça-feira, 25 de Abril, ficou marcada pela realização de uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Tomar que teve como ponto único a celebração do Dia d Liberdade. Registo para a intervenção de todas as forças partidárias com assento no citado órgão, intervenções marcadas pela evocação da data propriamente dita. A sessão contou com a atuação musical de um grupo de alunos do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria. Quanto às intervenções propriamente ditas, Hugo Costa, presidente da Assembleia Municipal de Tomar, recordou aqueles que foram “dias cinzentos’, numa abordagem à antiga taxa de analfabetismo e ainda à discriminação entre homens e mulheres. Hugo Costa não tem dúvidas de que em 49 anos de democracia, Portugal está melhor.
Seguiu-se Américo Pereira, presidente da Serra e Junceira e eleito pelos Independentes do Nordeste, não deixou de lamentar o aproveitamento que se tem feito do 25 de Abril, desde logo pelo desinvestimento nas forças armadas, ainda pela demora na justiça e pelas políticas seguidas na educação e na saúde.
Francisco Tavares, do CDS, disse que a liberdade não pode ser dada como adquirida, naquele que é um momento certo para refletir. O eleito centrista diz ser uma ignorância histórica que os mesmos que estão a celebrar o 25 de Abril não celebrem o 25 de Novembro.
Paulo Mendes, do Bloco de Esquerda, elogiou todos aqueles que trabalham dia após dia, em funções que só são valorizadas quando não são executadas. Falta mais atenção a quem faz o Mundo funcionar, disse o eleito do BE.
Américo Costa, do ‘Chega’, falou de uma data com inegáveis modificações na sociedade, como a liberdade de expressão, assim como um conjunto de direitos. O eleito falou, ainda, em ferida aberta para com os militares do Ultramar.
Pela CDU, registo para a intervenção de Luísa Ruela, que recordou no tempo para sublinhar os heróis de Abril e ainda os direitos e valores adquiridos. A revolução foi feita para que não haja escolhas entre ter o que comer e a saúde.
David Cascaes, eleito do Partido Social-Demicraata, falou não só do 25 de Abril mas também do 25 de Novembro, catalogando a liberdade como uma essência da condição humana, graças ao esforço de gerações audazes.
Carlos Rodrigues, presidente da Junta de Asseiceira, deu voz à intervenção do Partido Socialista para dizer que ainda hoje se combate pela liberdade. O eleito citou um antigo prisioneiro do regime para demonstrar o quanto Portugal deve a gerações passadas.
Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, recordou que Abril teve conquistas inegáveis… e deixou a questão: o que se faz pela Liberdade durante todo o ano?