Os dois funcionários da Câmara de Torres Novas que são suspeitos de corrupção ativa e passiva e ainda de recebimento indevido de vantagem «facilitavam requerimentos ou fiscalizações de operações urbanísticas» em que fosse interveniente a empresa de fiscalização de obras e projetos de que era responsável o terceiro arguido, um projetista do setor privado. Em comunicado, o Ministério Público da Comarca de Santarém explica, desta forma, os contornos de um caso que tem chocado a comunidade torrejana, sendo que a arquiteta e o fiscal de obras da autarquia ficam, agora, suspensos de funções no âmbito do pelouro do urbanismo e do Gabinete Único de Requalificação Urbana e ficam, ainda, proibidos de contactar entre si. Refira-se que os factos em investigação ocorreram entre setembro de 2018 e novembro de 2022. A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público da 2ª secção de Tomar do DIAP de Santarém, coadjuvado pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária.