Mais uma vez, o estado do Nabão… fala por si. O rio que banha Tomar está ‘debaixo’ de um manto de espuma indicador de descarga poluente, sendo que a água está com tonalidade castanha, o que pressupõe a existência de lamas que deslizaram das margens com a força das recentes chuvas, assim como haverá registo para resíduos de natureza urbana face a rejeições de emergência por sobrecarga dos sistemas de tratamento das ETAR de Seiça e Alto Nabão. Esta foi, aliás, a última explicação que a Agência Portuguesa do Ambiente prestou à Hertz, depois de questionada sobre os resultados de análises efetuadas em Dezembro último, resultados esses que ainda não foram tornados públicos por aquela entidade. É necessário recuar até 2021 para dar conta de dados mais concretos em torno da poluição no Nabão, altura em que a APA, por ocasião de uma audição parlamentar, confirmou que identificou uma unidade de reciclagem de plásticos, situada no concelho de Ansião, assim como outras empresas que, garantia a Agência, estavam «a ser auditadas».