O Movimento proTEJO tornou público que vai “juntar esforços” para impedir que seja dada a última machadada no rio Tejo com a construção dos novos açudes e barragens desejados pelo “Projeto Tejo”, designadamente a barragem do Alvito, o túnel do Cabril a partir do rio Zêzere na barragem do Cabril para o rio Tejo na barragem de Belver, e os novos quatro açudes e duas barragens de Abrantes até Lisboa, fragmentando de 20 em 20 km os últimos 127 km de rio livre. Esta posição surge na sequência das declarações do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, que afirmou que a construção da barragem do Alvito, a primeira a implementar no âmbito do “Projeto Tejo” – é importante para o reforço da resiliência hidrográfica do Tejo. O Movimento proTEJO não aceita esta solução, que considera não ter significância se comparada com a distribuição a 100% do caudal anual mínimo já previsto na Convenção de Albufeira com um regime de caudal ecológico regular, contínuo, instantâneo e medido em m3/s, de acordo com a sazonalidade já expressa nos caudais trimestrais da Convenção do rio. O Movimento proTEJO recorda ainda que a construção da barragem do Alvito e do conjunto das restantes obras hidráulicas previstas no “Projeto Tejo”, são desnecessárias num investimento que custará aos contribuintes mais de 1/3 da bazuca europeia, mais de 5 mil milhões de euros. “O ministro do Ambiente e Ação Climática Duarte Cordeiro não pode, por um lado, deitar a toalha ao chão na negociação de caudais ecológicos vindos de Espanha e, por outro lado, optar pela via mais fácil de gastar os dinheiros públicos dos contribuintes sem antes avaliar alternativas que ofereçam resiliência tanto a curto como a longo prazo”, refere o Movimento proTEJO .