Hugo Cristóvão, vice-presidente da Câmara de Tomar, quis deixar claro – depois de questionado pela Hertz – que se houver «alguma ilegalidade» em torno do processo relativo à compra, por parte do Município, de uma propriedade em Cardelas, na Serra e Junceira, então a autarquia irá repor a normalidade, desde logo com a demolição do imóvel que supostamente está ilegal e onde a Câmara, mesmo assim, tem procedido a obras de reabilitação. Ainda assim, Hugo Cristóvão mantém a convicção de que o processo está de acordo com a Lei:
Recorde-se que está, então, em causa a compra de uma propriedade por parte do Município, que gastou 42500 euros num terreno – ao que tudo indica rústico – no âmbito da Estratégia Local de Habitação, situação que já provocou duras críticas de Américo Pereira, presidente da Serra/Junceira, que pediu mesmo a demolição do imóvel, considerando – então – que a autarquia está a transformar uma propriedade rústica em urbana, contrariamente ao permitido pelo Plano Diretor Municipal. Hugo Cristóvão recorda que a simples vontade de alguém ou de uma entidade não muda, por si só, as características de um terreno:
Hugo Cristóvão quis, ainda, referir que todo este «sururu» está a ser causado pelo facto de estar a circular que a habitação em requalificação será atribuída a um dos agregados ainda residentes no acampamento do Flecheiro, num cenário que o vice-presidente não confirma:
Numa avaliação à realidade do concelho, Hugo Cristóvão lamenta que, «infelizmente», existam «milhares de edifícios» em situação ilegal, reforçando que, nesta altura, finalizar uma escritura sem que tudo não esteja de acordo com a Lei «é quase impossível»: