A população de Cardelas, na freguesia de Serra e Junceira, fez chegar o seu descontentamento e «revolta» perante a Câmara de Tomar, acusada de ter comprado uma propriedade por 42500 euros – quando o valor seria entre 5 a 7 mil euros – propriedade essa com uma «casa ilegal», disse, com convicção, o munícipe Luís Miguel, que esteve na reunião do executivo em representação daquela comunidade. Aliás, esse mesmo imóvel tem sido intervencionado pelo Município com o propósito de ali colocar um agregado familiar, o que levou o denunciante, também empresário, a garantir que irá voltar atrás num investimento que tinha projetado, alegando falta de segurança:
Na resposta, Hugo Cristóvão, vice-presidente da Câmara de Tomar, justificou a compra do imóvel com a Estratégia Local de Habitação, aquisições financiadas «pelo Estado central». O eleito do PS garantiu que «não há nada de ilegal» neste processo e disse não perceber as «insinuações» do munícipe:
O assunto deu, depois, que falar entre Partido Socialista e Partido Social-Democrata. Lurdes Ferromau, vereadora do PSD, falou em «risco» para referir que a autarquia pode ter comprado o imóvel por um valor «muito superior» à realidade e num local onde «há imóveis por legalizar» devido ao perímetro de rega da Barragem do Carril. Hugo Cristóvão respondeu, depois, a Lurdes Ferromau, acusando-a de colocar indicações «a circular». Os ânimos exaltaram-se, neste particular também com Tiago Carrão a criticar o vice-presidente de Câmara: