Pedro Marques, vereador dos Independentes, aproveitou a recente sessão da Câmara Municipal de Tomar para expressar a necessidade de que a autarquia nabantina possa desenvolver esforços no sentido de garantir o acesso a habitação social quando estas são procuradas por famílias numerosas. Esta posição surge depois de vereador ter chamado a atenção para o facto de que dois agregados, nesta situação, terem sido excluídos da lista final de atribuição de habitações recentemente aprovada pelo município por causa do número de elementos da família: «Acho que a área social devia ser uma das nossas maiores preocupações, nomeadamente a área social. E vê-se que há pessoas excluídas em virtude do número do agregado familiar. Isto leva-nos a chamar a atenção para a necessidade de reforçar o nosso esforço nesta área. É dramático deixar para trás famílias mais carenciadas só porque o agregado familiar é maior».
Hugo Cristóvão, vereador da Acção Social na Câmara de Tomar, reconheceu o problema mas adiantou que as famílias em causa não estão excluídas uma vez que a lista é válida por um ano, estando a autarquia, neste momento, à procura de soluções, ou seja, de que habitações com maior dimensão possam ficar disponíveis: «Temos quatro habitações (um T 2 três T3) que não se adequam a pessoas com agregados familiares de sete elementos. Mas essa situação preocupa-nos bastante pois até estão em causa crianças. Estamos a tentar encontrar soluções que permitam acolher todos os elementos do agregado. Esta lista será válida por um ano e será usada sempre que estejam disponíveis habitações»
O vereador dos Independentes acabaria por colocar também em cima da mesa a questão da eventual chegada de refugiados para alertar para o facto de que, agora, só quatro das quarenta famílias que concorreram a habitação social é que tiveram resposta. Como será após a chegada dos refugiados, questionou Pedro Marques: «Concorreram quarenta pessoas e só foram atribuídas quatro habitações. Se se confirmar a questão dos refugiados, como é que vamos colmatar a necessidade de quem cá vive. Temos que trabalhar sobre isto e fazer um esforço financeiro nesta área para dar resposta a estas pessoas.