A oposição na Câmara de Tomar, no caso PSD e Independentes por Tomar, está contra a atribuição da designação de Palácio D. Manuel I, pelo actual executivo, ao edifício da Câmara Municipal e deixaram claro o seu protesto na última reunião da vereação. O protesto surgiu na sequência da discussão do Plano de Prevenção e Intervenção nos pilares do edifício da autarquia que, desde há vários anos, têm sofrido um preocupante desgaste, de tal forma que, de vez em quando, há registo para a queda de pequenas lascas, até mesmo na zona do atendimento do “balcão único”. No caso dos Independentes, o protesto traduziu-se mesmo na ausência do vereador Pedro Marques da reunião de câmara onde participava depois de referir que, neste caso, a legitimidade do executivo e da Assembleia Municipal fora colocada em causa: «Vou ausentar-me desta situação… alguém baptizou este edifício de Palácio D. Manuel. Não foi a Câmara, não foi o povo de Tomar, não foi a Assembleia. Alguém o fez. A legitimidade destes órgãos está colocada em causa. Como não sei do que se trata, ausento-me deste ponto da ordem de trabalhos». O PSD não se ausentou mas votou contra. O vereador João Tenreiro disse desconhecer a existência em Tomar de um Palácio de D. Manuel. O eleito dos sociais-democratas lembrou que o edifício se encontra classificado como imóvel de interesse público e registado na Secretaria de Estado da Cultura como Edifício dos Paços do Concelho de Tomar.